terça-feira, 7 de junho de 2011

PALESTRA RENDA FIXA

PALESTRA DE FUNDO IMOBILIARIO

Aumento da liquidez dos FIIs é resposta a vantagens do produto e expansão do setor

http://www.acionista.com.br/investimentos/060611_FIIs.htm
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Destaques em rentabilidade em 2010, com um ganho de 26,8% frente à queda de 1% no Ibovespa, os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) listados na BM&FBOVESPA continuam chamando a atenção neste ano. O destaque maior vai para o Rio Bravo Renda Corporativa (FFCI11), com rentabilidade de 21,74%, bem acima do fraco desempenho do Ibovespa (recuo de 7,2%), conforme dados divulgados em relatório da Interbolsa no dia 02.06. A explicação para o bom desempenho é o contínuo aquecimento do mercado imobiliário, mesmo diante das medidas macroprudenciais colocadas em prática para conter a inflação, como observa o economista-chefe da Interbolsa, Júlio Hegedus Netto.
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As estimativas de que o montante de financiamento ao setor vai aumentar cerca de 10% e alcançar um novo recorde de R$80 bilhões neste ano é um forte indicativo de que o mercado de FIIs vai continuar crescendo. Esse movimento vem progressivamente de alguns anos, com o aumento do crédito voltado à construção e a partir da flexibilização¹ que permitiu a esses veículos investirem não só em estruturas e imóveis fixos, mas também em outros ativos do setor imobiliário, como terrenos, projetos na planta e até produtos mais complexos de captação como os Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRIs).
Além da abundância de recursos, os FIIs vêm ganhando relevância pelo aumento da liquidez no mercado secundário, especialmente em operações entre investidores individuais, conforme observa o diretor da Brazilian Mortgages, Rodrigo Machado. Uma medida para isso é a representatividade que esses fundos têm diante das negociações dos demais fundos listados em bolsa. Eles são responsáveis por cerca de 8% dos negócios, que no ano passado significou um montante de R$500 milhões. “Se fizermos um paralelo com as ações small caps listadas na BM&FBOVESPA, os FIIs têm uma liquidez melhor e são mais conservadores, além de estarem alinhados com um tipo de investimento que o brasileiro sempre gostou de fazer, que é investir em imóveis”, argumenta Machado.
O educador financeiro, Mauro Calil, dá outra medida de liquidez, que coloca esses fundos em vantagem até em relação a seus próprios lastros. “O fracionamento de um imóvel que o investidor vai ter à disposição em um fundo dá mais agilidade na hora de vender e é mais barato para comprar”. A cota mínima de R$ 1.000,00 e a isenção de Imposto de Renda a cotistas pessoas físicas em algumas condições² são vantagens que podem explicar esse desempenho crescente em termos de liquidez, rentabilidade e volume negociado. Essas duas características são outros diferenciais apontados por Calil como decisivas para optar pelos FIIs ao investir no setor.
A diversificação do investimento nestes fundos e a segurança em aplicar em inquilinos que podem ser grandes empresas – parte considerável dos lastros dos 101 fundos listados na BM&FBOVESPA (pouco mais de 30 são abertos e têm cotas negociadas) – são outras características que Calil usa para afirmar que investir em FIIs é a melhor opção para o investidor que quiser ter posição no mercado imobiliário brasileiro.
Apesar disso, ainda é um produto pouco popularizado em relação ao próprio imóvel físico. Mas a expectativa é que o avanço deste mercado continue junto com o próprio setor imobiliário. Segundo Calil, o próprio boom dos preços dos imóveis nos últimos anos estimulou a venda do imóvel físico e a compra de cotas de fundos imobiliários. A partir desse movimento, se observa um outro tipo de evolução, que é a complexidade dos FIIs. Recentemente a Brazilian Mortgages lançou um produto um pouco diferenciado, e já comemorou o sucesso da terceira emissão do BC Fundo de Fundos de Investimento Imobiliário. Ele é o primeiro fundo de fundos brasileiro, que permite o investimento simultâneo em vários fundos imobiliários. A oferta foi considerada um sucesso e teve grande participação dos investidores pessoa física, de acordo com a empresa.        
¹A partir da regulamentação da Instrução CVM nº 472, que vigora desde 03/12/2008, estes fundos puderam investir em vários títulos e valores mobiliários que tenham como foco e/ou lastro principal o mercado imobiliário. O artigo 45 desta Instrução define os ativos em que os FII’s, como são chamados, podem investir. Entre eles estão prédios de escritórios, galpões, hospitais, universidades e shopping centers. Fonte: Fundo Imobiliário Consultoria.
² Há a retenção de 20% a título de Imposto de Renda, qualquer que seja o cotista. A Lei 11.196/05 estendeu os benefícios (do inciso III do artigo 3º da Lei 11.033/04) de isenção do Imposto de Renda sobre as distribuições pagas a cotistas Pessoa Física, nas seguintes condições: (1) o cotista beneficiado tem que ter menos do que 10% das cotas do fundo; (2) o Fundo tem que ter, no mínimo, 50 cotistas; e (3) as cotas do fundo têm que ser negociadas exclusivamente em Bolsa ou mercado de balcão organizado. No caso de ganho de capital que o cotista porventura obtiver na venda de cotas, atualmente, qualquer que seja o contribuinte, há uma retenção de 20%, exclusivamente na fonte. Fonte: Fundo Imobiliário Consultoria.

*Editado e Publicado em 06/06/2011
Elaborado e editado pela jornalista Grazieli Inticher Binkowski
redacao@acionista.com.br

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Próxima ajuda à Grécia deve sair no início de julho


País terá que aprofundar as medidas fiscais, de reformas estruturais e de privatização para atingir as metas previstas por UE, BCE e FMI 

SÃO PAULO - A partir das próximas semanas, o Banco Central Europeu, o FMI e a Comissão Europeia devem começar a discutir as "modalidades de financiamento para o programa econômico da Grécia", segundo nota distribuída nesta sexta-feira, 3. Segundo o comunicado,  após a conclusão desse processo e a aprovação do Conselho Executivo do FMI e do Eurogrupo, a próxima tranche estará disponível, o que está previsto para ocorrer no início de julho.
03 de junho de 2011 | 13h 39

Nesta sexta, após algumas semanas de avaliação do cumprimento das metas do programa de ajuda da UE, do BCE e do FMI do ano passado, as equipes técnicas que representam cada uma das autoridades divulgaram a conclusão da missão na Grécia. A "troika", como vem sendo chamado as equipes, concluíram que o país terá que aprofundar as medidas fiscais de reformas estruturais e de privatização para atingir as metas previstas no programa.
Novos empréstimos
O primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou esperar que os países da zona do euro forneçam novos empréstimos para a Grécia depois que o primeiro-ministro grego, George Papandreou, prometeu criar uma agência para realizar vendas rápidas e transparentes de ativos estatais.
No entanto, Juncker sugeriu que os empréstimos só serão fornecidos se credores do setor privado da Grécia voluntariamente oferecerem algum tipo de apoio para manter o país financiado. As declarações foram feitas depois de duas horas de reunião entre as duas autoridades.
"Eu espero que o Eurogrupo concorde que o financiamento adicional seja fornecido para a Grécia sob rígidas condições", disse Juncker. "Essas condições incluirão o envolvimento do setor privado em base voluntária e esse envolvimento terá de ser negociado com os credores privados", afirmou.
"Sob essas condições e nessa base, é óbvio que não haverá saída da Grécia da zona do euro (...) e a Grécia será capaz de honrar suas obrigações", acrescentou Juncker. Papandreou reiterou as declarações de Juncker e disse que a Grécia permanece comprometida com o cumprimento de todos os seus compromissos. Nenhum dos dois respondeu a perguntas de jornalistas.
Novos progressos
O BCE, o FMI e a Comissão Europeia disseram, em nota divulgada há pouco nesta sexta, que novos progressos foram feitos pelo governo da Grécia com as reformas estruturais.
"Legislação para modernizar a administração pública, reforma da saúde, melhorias no funcionamento do mercado de trabalho, eliminação de obstáculos à criação e funcionamento de uma empresa e liberalização do transporte e energia já foram implementados ou estão em andamento", segundo a nota.
As instituições disseram também que governo grego vai continuar a avançar nessas áreas, com particular ênfase nos próximos meses sobre os condutores do crescimento, como a recuperação da indústria do turismo e a remoção dos obstáculos administrativos para a exportação.
Para se certificar de que as estruturas da reforma são eficazes o mais breve possível, as autoridades gregas irão reforçar o processo de implementação, nomeadamente através da assistência técnica do FMI, os Estados-membros e a Comissão Europeia, e colocar os mecanismos de acompanhamento em andamento, de acordo com a nota.
Fonte: Estadão.com.br