quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Hoje na Economia 30/11/2011


Prevalece ambiente de aversão ao risco, nesta manhã. Bolsas e commodities operam em baixa enquanto o dólar avança frente às principais moedas. Às incertezas em relação à solução do imbróglio da crise europeia se acrescenta o rebaixamento da nota de crédito de importantes instituições financeiras internacionais pela agência de rating S&P. Os ministros da zona do euro, reunidos ontem, liberaram a sexta parcela de ajuda à Grécia (€ 8 bilhões) já esperada pelo mercado, mas não chegaram a um acordo sobre a alavancagem do fundo de estabilização europeu (Feef).
Diante das incertezas reinantes, as bolsas europeias voltam a cair após três dias de altas consecutivas. O índice STOXX600 perde 0,85% nesta manhã, enquanto Londres recua 0,59%, França: -1,02% e Alemanha: -0,83%. O euro perde 0,23% ante ao dólar, enquanto frente á moeda japonesa opera em torno da estabilidade, neste momento.
Os índices futuros das bolsas americanas seguem o mau humor europeu, registrando quedas (S&P:-0,66% e D&J: -0,61%). Na agenda, destaque para a divulgação de dados sobre números de postos de trabalho criados pelo setor privado em novembro, que segundo o consenso do mercado deverá somar 130 mil (110 mil no mês anterior). Esse dado ganha importância por ser considerado uma proxy do resultado da folha de pagamento da economia no período, que será divulgado na próxima sexta-feira.
Em Tókio, o índice Nikkei registrou queda de 0,51%, em típico movimento de realização de lucros após três dias de ganhos consecutivos. O iene perde 0,12% ante a moeda americana (¥ 78,0/US$) e avança 0,13% frente ao euro (¥ 103,66/€). Na China, notícias de que o governo ainda não se dispõe a afrouxar a política monetária, preferindo primeiro atuar através de instrumentos fiscais, derrubaram a bolsa de Shanghai, que fechou o pregão em queda de 3,27%.
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 99,14/barril (-0,66%) nesta manhã. O índice geral de commodities perde 0,91%, sendo metais -1,45% e agrícolas -1,01%.
Diante da queda das commodities e do ambiente de maior aversão ao risco, o Ibovespa terá poucas chances de se descolar das principais bolsas internacionais, devendo registrar novas perdas. No mercado de moedas, o real deve voltar a se depreciar ante a moeda americana, enquanto no mercado de juros futuros, o mercado espera coeso pelo anúncio de mais um corte de 50 pontos na Selic (reduzindo para 11%), no final da reunião do Copom de hoje.
Fonte: SulAmérica Investimentos

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Hoje na Economia 29/11/2011


Investidores dispostos a esperar pelos desdobramentos da hipótese, aventada ontem, sobre as possibilidades de os líderes europeus fecharem um “pacto de estabilidade” para conter o avanço da crise na zona do euro. Comenta-se a criação de um eurobônus restrito aos países AAA da região (Alemanha, França, Holanda, Finlândia, Áustria e Luxemburgo). O objetivo desse título seria não só a proteção das dívidas daquele grupo de países, como também poderia ser utilizado no socorro de outros, que adotam o regime de moeda única.
Por ora, a cautela e a volatilidade continuam a comandar as ações nos mercados. O euro ganha 0,15% ante a moeda americana nesta manhã (US$ 1,3341/€), enquanto no mercado de ações, o índice STOXX600 opera estável (+0,07%), seguido de Londres: -0,22%, França: -0,08% e Alemanha: +0,30%.
No Japão, o índice Nikkei registrou forte alta no pregão de hoje, se valorizando 2,30%, em meio a rumores de que um amplo plano para enfrentar a crise europeia estava em gestação, favorecendo os papeis de empresas exportadoras. O iene é cotado a ¥77,85/US$, com ganho de 0,16%. Nesta manhã de menor a aversão ao risco, o dólar índex recua 0,21%. Em Shanghai, a bolsa local registrou valorização de 1,23%.
Os índices futuros S&P e D&J registram valorizações de 0,34% e 0,21%, respectivamente, neste momento. Na agenda, destaque para o índice de confiança do consumidor de novembro, calculado pelo Conference Board, que deverá registrar 44,0 pontos segundo o consenso, subindo em relação aos 39,8 pontos observados no mês anterior. Essa melhora reflete expectativas mais positivas em relação ao mercado de trabalho, bem como em relação à inflação.
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI registra queda de 0,25% neste momento, cotado a US$ 97,98/barril. O índice das principais commodities registra perda de 0,33%, decorrente de queda de 0,62% em metais e 0,50% nos produtos agrícolas.
O Ibovespa deve acompanhar a tendência ditada pelo mercado americano, que a deduzir por este início de manhã, poderá sustentar a trajetória de ganhos observada no pregão de ontem. Da mesma forma, a tendência de queda observada do dólar ante as principais moedas nesta manhã deverá também ocorrer ante o real. No mercado de juros futuros, ajustes deverão continuar ocorrendo devido às alterações no sistema de ponderação do IPCA para 2012 divulgadas ontem pelo IBGE. Segundo cálculos preliminares, a mudança poderá provocar redução entre 0,15 a 0,20 ponto percentual na inflação de 2012.
Fonte: SulAmérica Investimentos

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PIB 2011 com projeções para 2012 na Zona do Euro


PIB 2003 à 2012 Proj. Zona do euro


Hoje na Economia 28/11/2011


Bolsas de valores e commodities operam em alta nesta manhã. Animam os investidores, que buscam minimizar as perdas dos últimos dias, rumores – não confirmados, mas também não desmentidos – de que a Itália receberia € 600 bilhões do FMI e o resultado recorde das vendas do comércio americano na sexta-feira, depois do dia de Ação de Graças.
O euro se beneficiou do possível auxílio financeiro do FMI à Itália, se valorizando ante ao dólar. Neste momento é negociado a US$ 1,3368/€, com ganho de 0,97%. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 registra alta de 2,66% nesta manhã, sendo que Londres sobe 2,14%, França 3,53% e Alemanha 3,04%.
Os rumores sobre ajuda financeira à Itália e enfraquecimento do iene ante a moeda europeia estimulou o mercado acionário local, levando o Nikkei a fechar em alta 1,56%, com bom desempenho dos papeis das empresas exportadoras. Na China, a bolsa de Shanghai apresentou fraca oscilação, enquanto Hong Kong fechou em alta de 1,97%.
Os bons resultados das vendas pós- dia de Ação de Graças mostrou que o poder de compra dos consumidores americanos se mantém firme, dando alento às apostas em uma atividade econômica mais vigorosa neste final do ano. Os futuros dos índices S&P e D&J operam em alta de 2,72% e 2,18%, respectivamente, prenunciando bom desempenho para o mercado acionário americano no dia de hoje.
Commodities acompanham a abertura favorável dos demais mercados, apresentando fortes ganhos: índice geral: +1,90%; Metais: +2,09% e Agrícolas: +1,61%. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 99,76/barril, com valorização de 3,11%, nesta manhã.
Expectativas positivas cercam a abertura dos negócios no mercado acionário brasileiro. Neste dia de menor aversão ao risco, o Ibovespa deverá registrar ganhos acompanhando as bolsas internacionais. No mercado de câmbio, o dólar perde valor frente às principais moedas (dólar índex: -0,83%), o mesmo devendo ocorrer frente à moeda brasileira. No mercado de juros futuros, espera-se por poucas oscilações, principalmente no ramo curto da curva, uma vez que se consolidaram as apostas em mais uma redução em 50 pontos na Selic na reunião do Copom desta semana.
Fonte: SulAmérica Investimentos

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Hoje na Economia 25/11/2011


Em mais um dia de liquidez reduzida, os investidores buscam porto seguro ante a falta de perspectivas quanto a uma solução para a crise financeira que envolve a zona do euro, a qual começa a extrapolar as fronteiras europeias, ameaçando empurrar a economia global para a recessão. Sem solução à vista, a crise começa a se espalhar, afetando de forma mais contundente as economias emergentes. Ontem a Hungria perdeu o grau de investimento, seguindo Portugal. O desmonte de posições em busca de ativos considerados seguros tem pressionado as moedas dos emergentes, como o Brasil, aonde o dólar chegou a ser negociado acima de R$ 1,90 ao longo do dia de ontem.
Em mais um dia de forte aversão ao risco, o dólar segue sua trajetória de valorização (dólar índex: +0,40% neste momento) ao lado do iene, que ganha 0,25% ante a moeda da zona do euro. Frente ao dólar, o euro é cotado a US$ 1,3270/€, com queda de 0,56%. Bolsas europeias operam em queda: STOXX600: -0,96%; Londres: -0,37%;França:-0,23% e Alemanha: -0,42%.
Os futuros dos índices S&P e D&J registram perdas de 0,54% e 0,55%, respectivamente, sinalizando que nesta Black Friday, ainda com liquidez diminuída, os mercados devem manter a tendência de queda dos últimos dias.
No Japão, a bolsa de Tókio fechou com ligeira queda (-0,06%). A caça as pechinchas, que chegou a dar alguma sustentação ao índice Nikkei ao longo do pregão, não resistiu ao mau humor provocado pelo agravamento da crise europeia. Na China, mercado de ações de Shanghai fechou com perda de 0,72%, enquanto Hong Kong registrou queda de 1,37%.
Mercados de commodities sofrem em mais um dia de elevada aversão ao risco. O índice geral registra queda de 0,95%, com destaque para o recuo de 1,61% registrado pelos metais neste momento. O petróleo, tipo WTI, perde 0,34% nesta manhã, negociado a US$ 95,85/barril.
Acompanhando a tendência ditada pelos mercados internacionais nesta manhã, a expectativa para o Ibovespa não é das melhores. Diante do ambiente de menor apetite ao risco, há grandes chances de se voltar a operar abaixo dos 55 mil pontos. O real deve se manter pressionado, em mais um dia em que os negócios favorecem a moeda americana. No mercado de juros futuros, os mercados devem desmontar as apostas, efetuadas no calor do agravamento da crise internacional, em um corte mais agressivo da Selic na reunião do Copom da próxima quarta-feira. Ontem à noite, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou que o agravamento da crise externa pede ajustes moderados dos juros domésticos.
Fonte: SulAmérica Investimentos

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Hoje na Economia 24/11/2011


O ambiente pessimista permanece. Sem solução à vista para os problemas da zona do euro, a leitura óbvia é que o cenário só tende a piorar. O banco central da Grécia já admite que o país poderá abandonar a zona do euro. A Itália necessariamente precisará de recursos externos, mas nem o sistema de resgate europeu e o FMI têm recursos suficientes para o socorro necessário. A Alemanha mostra-se também vulnerável, conforme ficou claro ontem com a baixa demanda por seus títulos e pela elevação das taxas de retornos exigidas pelos investidores.
No dia de hoje, depois dos fortes ajustes ocorridos nos ativos de risco nos últimos dias, mercado modera atuação, aproveitando-se do baixo volume decorrente do feriado nos Estados Unidos. Na Europa, bolsas operam em alta, estimuladas pela notícia de que a confiança dos empresários na Alemanha voltou a subir em novembro, após cinco meses de quedas consecutivas. O índice de ações pan-europeu STOXX600 registra ganhos de 1,16% neste momento. Londres opera em alta de 0,77%, enquanto França de Alemanha registram valorizações de 1,79% e 1,78%, respectivamente. O euro avança 0,32% ante ao dólar, negociado a US$ 1,3386/€.
No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 1,80%, atingindo o nível mais baixo dos últimos 32 meses, decorrente da escalada da crise europeia e o temor de que a economia mundial caminha para a recessão. Pesou também o anúncio da agência de rating S&P de que poderá rebaixar a nota de crédito da dívida soberana japonesa ante ao elevado endividamento e sem medidas à vista para equacionar o problema. Na China, a bolsa de Shanghai fechou com ligeira alta (0,10%), enquanto Hong Kong subiu 0,40%.
Os futuros das bolsas americanas S&P e D&J operam em alta (1,09% e 1,06%, respectivamente) seguindo o bom humor europeu.
No mercado de commodities, o petróleo tipo WTI é cotado a US$ 96,82/barril com alta de 0,68%. O índice geral de commodities registra valorização de 0,36%, sendo que metálicas sobem 0,49%, enquanto as agrícolas mostram discretas oscilações.
O Ibovespa deverá ser favorecido pela menor aversão ao risco prevalecente no dia de hoje, ainda que seja prejudicado pelo fechamento do mercado americano devido ao feriado. O real, após as depreciações dos últimos dias, poderá recuperar parte do terreno perdido, uma vez que o dólar perde valor ante as principais moedas nesta manhã. Mercado de juros futuros voltou a especular, ontem, com a aceleração dos cortes da Selic, diante do agravamento da crise externa e após declarações do ministro Mantega de que o a crise já começa a contagiar os emergentes e se assemelhar a 2008/2009.
Fonte: SulAmérica Investimentos

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hoje na Economia 23/11/2011


Aumentam os riscos de a economia mundial mergulhar na recessão devido a crise financeira europeia, levando os investidores a evitarem os ativos de risco nesta manhã. Na Europa, indicadores preliminares sobre a atividade econômica em novembro mostraram que a região prossegue rumo à recessão. Nos Estados Unidos, serão conhecidos os números sobre encomendas de bens duráveis, que segundo o consenso do mercado devem ter se contraído 1,2% em outubro. A China ajuda a alimentar o risco, ao mostrar que não está ilesa aos problemas que afetam as economias avançadas. Dados preliminares informam que a atividade industrial chinesa sofreu brusca contração em novembro, voltando para patamares de março de 2009.
Nesse ambiente, as bolsas mundiais operam sem tendência definida. O índice de ações pan-europeu, STOXX600 que abriu em forte queda, opera em torno da estabilidade, neste momento. O mesmo comportamento foi observado nas principais bolsas da zona do euro. A bolsa de Paris opera estável, enquanto Frankfurt registra ganhos de 0,18%, O euro recua 0,42% ante a moeda americana, negociado a US$ 1,3448/€. Londres registra perda de 0,35%.
Na China, a bolsa de Shanghai registrou perda de 0,73% no pregão de hoje, reflexo da notícia sobre o enfraquecimento da atividade industrial em novembro. Em Tókio, o índice Nikkei recuou 0,40%, enquanto o iene chegou a mostrar forte valorização ao longo do dia, registrando estabilidade neste momento, negociado a ¥77,04/US$.
Nos EUA, os dados ruins sobre o PIB no 3º trimestre divulgados ontem mostraram que a economia americana não conseguirá se descolar da turbulência europeia, levando os investidores a acreditarem que o QE3 está a caminho. Nesta manhã, os futuros dos índices S&P e D&J operam em queda de 0,61% e 0,69%, respectivamente.
Em dia de aversão ao risco, mercados de commodities operam em baixa, com metais recuando 1,25% e agrícolas 0,75%, nesta manhã. No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 97,04/barril, com queda de 0,99%.
O desempenho das principais bolsas internacionais não permite otimismo para com o Ibovespa no dia de hoje, que deverá ter dificuldades para recuperar o patamar dos 56 mil pontos. No mercado de câmbio, a predominância de um clima de aversão ao risco deve manter a tendência de depreciação do real. No mercado de juros, atenção para a divulgação do IPCA-15 de novembro, que segundo o consenso de mercado deverá registrar inflação de 0,47% no mês, ligeiramente acima do resultado fechado de outubro (0,43%).
fonte: SulAmérica Investimentos

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Hoje na Economia 22/11/2011


Mercados têm um dia um pouco melhor hoje. Ontem à noite, o supercomitê do congresso americano admitiu que não chegou a um acordo sobre os cortes de gastos a serem feitos a partir de 2013. Assim, os cortes que ocorrerão a partir do começo de 2013 serão os automáticos, já programados pela lei passada em agosto (metade ocorrerá em defesa e metade em outros gastos discricionários). Essa falta de acordo no congresso americano não é suficiente para ocasionar um rebaixamento de rating de dívida soberana, de acordo com as agências S&P e Moody’s, uma vez que os cortes automáticos de gastos de US$ 1,2 tri ainda ocorrerão. O mercado está em leve alta devido a esse anúncio das agências, porém os ganhos da manhã diminuíram após o porta-voz econômico do partido da premiê alemã Merkel dizer que não há outras alternativas para combater os problemas fiscais da Zona do Euro além das já postas em discussão.
O índice pan-europeu de ações Stoxx600, que chegou a ter alta de 1%, agora está em alta de apenas 0,3%. Os futuros dos índices americanos S&P e DJ estão próximos de zero (+0,13% e -0,01%, respectivamente) após estarem subindo até 0,6% antes. O índice de bolsas asiáticas MSCI Ásia Pacífico caiu 0,1%.
O dólar hoje perde valor em relação a outras moedas, refletindo o impasse no congresso americano, com o índice DXY caindo 0,22%. O euro em especial é quem está ganhando do dólar, subindo 0,23%, cotado a €/US$ 1,3523.
As commodities operam em alta hoje, reagindo ao anúncio das agências de risco em relação à divida dos EUA e à desvalorização do dólar. O índice geral de commodities sobe 0,56% nesta manhã, sendo que metais sobem 1,02%. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 97,59/barril, com alta de 0,67%.
Os dados econômicos dos EUA hoje devem seguir indicando ligeira melhora na economia americana, em especial o índice de manufatura do Fed de Richmond. No Brasil, será divulgada a nota à imprensa do Banco Central sobre o setor externo em outubro.
Após ter caído ontem, o Ibovespa pode subir levemente hoje, seguindo o alívio nos mercados internacionais com o anúncio das agências de risco de que não vão rebaixar o rating soberano dos EUA. O Real pode devolver também parte da alta vista ontem, voltando a se valorizar com a diminuição de aversão ao risco. Os juros futuros podem ter leve queda, ajudados pelo IGP-M segundo decêndio abaixo das expectativas (0,40% contra 0,45%), porém ela deve ser pequena devido à alta dos preços de commodities.
Fonte: SulAmérica Investimentos

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Hoje na Economia 21/11/2011


As bolsas europeias abriram em queda nesta manhã. O índice STOXX600 recua 2,12% neste momento, enquanto em Londres mercado local cai 1,96%, acompanhado por Paris e Frankfurt que perdem 2,43% e 2,57%, respectivamente. Essa postura avessa ao risco decorre da falta de ação dos governos para chegarem a uma solução dos problemas europeus, o que tem propiciado a alta paulatina das taxas de retornos dos títulos europeus. O euro é cotado a US$ 1,3457/€, com queda de 0,50% ante ao dólar.
Os futuros dos índices S&P e D&J também operam no vermelho nesta manhã, com queda de 1,48% e 1,25%, respectivamente. Além da tensão proveniente da Europa, os investidores estão preocupados com a política norte-americana. O “surpercomitê” do Congresso tem até quarta-feira para definir os cortes que resultarão na redução de US$ 1,2 bilhão no déficit orçamentário em 2012. Dificilmente chegarão a um acordo. Mais provável que passem a vigorar os cortes automáticos, no mesmo montante, a partir de 2013. O impasse, no entanto, deve alimentar temores de novos rebaixamentos da nota de crédito da dívida americana.
No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,32%, alimentado pela falta de perspectiva para o imbróglio europeu pela forte valorização da moeda japonesa ante ao euro. A busca por porto seguro tem favorecido a valorização do iene, que é negociado a ¥76,84/US$ neste momento, com ganhos de 0,10%. Ante ao euro, o iene se valoriza 0,65% (¥103,37/€). Na China, a bolsa de Shanghai fechou estável, enquanto Hong Kong apresentou perda de 1,44%.
Neste dia de maior aversão ao risco, os investidores evitam as commodities. O índice geral de commodities recua 0,99% nesta manhã, sendo que metais perdem 1,86% e agrícolas -0,44%. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 96,16/barril, com queda de 1,56%.
O Ibovespa deve continuar oscilando em torno dos patamares atuais. Diante de um cenário carregado de incertezas, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, a volatilidade deve continuar elevada, impedindo a definição de uma trajetória consistente. No mercado de câmbio, com o dólar se valorizando ante as principais moedas (dólar índex: +0,42%0), o real deve acompanhar a tendência, registrando depreciação ante a moeda americana. No mercado de juros, ajustes moderados na Selic já foram incorporados pelos vértices mais curtos da curva de juros futuros. O ramo longo, no entanto, continuará evoluindo ao sabor das incertezas presentes no quadro internacional.
Fonte: SulAmérica Investimentos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Hoje na Economia 18/11/2011


Mercados iniciam a sessão de hoje em queda. Ausência de entendimento entre os políticos europeus que apontem para solução da crise e temores crescentes de que a turbulência ganhe conotação mundial levam os investidores a privilegiarem portos seguros em detrimento aos ativos de risco.
Na Europa, o índice de ações STOXX600 recua 0,27% neste momento. Em Londres a queda é de 0,57%, enquanto o mercado acionário francês, que abriu em baixa, agora opera em torno da estabilidade. O mesmo ocorre na Alemanha, onde a volatilidade comanda as ações neste início de dia (neste momento recua 0,44%). O euro é cotado a US$ 1,3541/€, com valorização de 0,62% ante a moeda americana.
Na Ásia, pesou sobre os mercados as crescentes dúvidas dos investidores sobre a qualidade das carteiras de crédito dos bancos chineses. Em decorrência, a bolsa de Shanghai fechou com queda de 1,89%, enquanto Hong Kong apurou baixa de 1,73%. Em Tókio, o índice Nikkei operou em baixa, com queda de 1,23%, com os investidores temerosos quanto ao agravamento da crise europeia. O iene, negociado a ¥ 76,66/US$, se valoriza 0,42%, se beneficiando do movimento de maior aversão ao risco.
Os futuros das bolsas norte-americanas operam na contramão das bolsas europeias. Os índices S&P e D&J registram ganhos de 0,54% e 0,43%, neste momento, refletindo o alívio com a aprovação do orçamento fiscal para 2012 ontem a noite pelo Congresso.
O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 99,54/barril, com ganhos de 0,73% nesta manhã. As commodities, por sua vez, recuam (índice geral: -2,48%), mas metais mostram melhor performance, com ganhos de 1,30%, neste momento.
Apesar das preocupações com crise europeia, os mercados podem dar uma trégua em busca de boas oportunidades de ganhos. Ainda que em meio a muita volatilidade, o Ibovespa poderá acompanhar a sinalização positiva dos mercados futuros americanos e operar no campo positivo no dia de hoje. Para o real, expectativa de apreciação ante a moeda americana, mas sem se afastar muito dos patamares atuais. No mercado de juros futuros, os vértices curtos refletem a consolidação da aposta em corte de 0,50 pp na reunião do Copom deste mês, enquanto os longos podem oscilar ao sabor da evolução do quadro externo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

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Hoje na Economia 17/11/2011


Mercados operam cautelosos na Europa à espera dos leilões de títulos soberanos da França (€ 8,2 bilhões) e da Espanha (€ 4,0 bilhões), que ocorrem nesta manhã. A formação de governos tecnocratas na Grécia e Itália não foi suficiente para acalmar os investidores. A crise avança em ritmo mais rápido do que a capacidade dos políticos de encontrarem uma solução. Países considerados sólidos entram na mira dos investidores, fragilizando bancos que ameaçam a estabilidade de economias do outro lado do Atlântico.
Nesta manhã, o índice pan-europeu STOXX600 recua 0,95%, enquanto em Londres o índice FTSE-100 se desvaloriza 1,04%. Na França, o CAC40 perde 1,22% e o DAX, na Alemanha, recua 0,87%. O euro é negociado a US$ 1,3460/€, apresentando ligeira desvalorização ante a moeda americana. Os futuros das bolsas americanas, após um período operando na contramão, não mostram tendência definida, neste momento. Os índices S&P e D&J oscilam em torno da estabilidade. Na agenda americana, destaque para as palestras que Sandra Pianalto, do Fed de Cleveland, e Willian Dudley, do Fed de Nova York, os quais, em lugares distintos, falarão sobre as perspectivas para a economia americana.
Na Japão, o índice Nikkei fechou com ligeira alta (+0,19%), com investidores mais aliviados com as notícias provenientes da Itália e Grécia. Na China, a bolsa de Shanghai recuou 0,16%, reflexo das declarações oficiais de que os fundamentos para a estabilização da inflação ainda estão distantes de serem considerados sólidos. Essa declaração, presente no relatório de política monetária do 3º trimestre, afastou as chances de relaxamento da política monetária a curto prazo.
No mercado de commodities, o índice geral recua 0,68% nesta manhã, refletindo a forte queda nas cotações dos metais (-1,46%) e dos produtos agrícolas (-0,41%). No mercado de óleo, o petróleo tipo WTI encontra-se estável nesta manhã, sendo negociado a US$ 102,51/barril, nível não observado desde julho passado.
O Ibovespa deve abrir em baixa, acompanhando a tendência ditada pelos principais mercados. No mercado de câmbio, o real pode se recuperar, mostrando alguma apreciação, uma vez que o dólar mostra tendência indefinida frente às principais moedas, nesta manhã. No mercado de juros, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a reiterar o ritmo moderado do atual ciclo de afrouxamento monetário. Investidores abandonam aposta em corte mais agressivo na reunião do Copom deste mês. Os vértices longos devem flutuar ao sabor do quadro externo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Hoje na Economia 16/11/2011


Mercados atentos à formação dos novos governos na Itália e Grécia, ao mesmo tempo em que assiste a oposição assumir o governo espanhol, num filme que está se tornando comum e monótono no cenário europeu. A tensão permanece. As taxas de retornos dos títulos da zona do euro seguem pressionadas, alastrando preocupações inclusive para economias como França, Holanda e Bélgica.
Enquanto aguarda o anúncio do gabinete do novo primeiro ministro Mario Monti, bolsas europeias operam com otimismo cauteloso. O índice STOXX600 registra valorização de 0,47% neste momento, enquanto em Londres, a bolsa local sobe 0,16%, seguido de altas de 0,82% e 0,72%, na França e Alemanha, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3525/€, desvalorizando-se 0,13% ante a moeda americana.
Alguma animação para os investidores continuam vindo dos Estados Unidos, onde os indicadores recentes afastam os temores de recessão, fazendo um contraponto positivo em relação ao quadro recessivo da economia europeia. Hoje a agenda norte-americana, traz a inflação ao consumidor de outubro, que deverá se manter estável em relação ao mês anterior, conforme as projeções do mercado. Será conhecido também o dado da produção industrial, também de outubro, que deve ter aumentado 0,4% ante setembro. Neste momento, no entanto, os futuros dos índices S&P e D&J operam em queda: -0,10% e -0,24%, respectivamente, mas sem determinar uma tendência firme.
No Japão, a bolsa de Tókio fechou em queda, com índice Nikkei recuando 0,92%, resultante do persistente enfraquecimento do euro, levando os investidores a evitarem os papéis das exportadoras. O iene é negociado s ¥76,87/US$, com valorização de 0,20%. Na China, a bolsa local recuou 2,48%, enquanto Hong Kong perdeu 2,0%.
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$99,11/barril, com queda de 0,26%. O índice geral de commodities perde 0,34% nesta manhã, sendo que metais recuam 0,36% e agrícolas -0,66%.
O cenário não se mostra muito amigável para a bolsa paulista. No entanto, números favoráveis à economia americana, reforçando o quadro de lenta recuperação, podem impulsionar o Ibovespa ao longo do dia. No mercado de câmbio, o real deve mostrar fracas oscilações ante a moeda americana, com tendência de ligeira depreciação. No mercado de juros, com os vértices curtos ajustados a expectativa de cortes moderado da Selic no curto prazo, as taxas longas devem oscilar ao sabor da evolução dos eventos internacionais.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Hoje na Economia 14/11/2011


Mercados hoje operam com algum otimismo, após o pacote de austeridade na Itália ter sido aprovado pelo parlamento e o primeiro ministro Berlusconi ter renunciado, como prometido. Mario Monti, ex-presidente da comissão de competitividade da União Europeia, foi indicado pelo presidente da Itália para ser primeiro ministro e aceitou. Monti é o candidato preferido dos mercados, que veem nele uma possibilidade de governo “tecnocrata”, capaz de fazer reformas estruturais e aumentar o crescimento italiano.
Na Ásia, bolsas subiram com essa notícia na Itália e com o dado do PIB do Japão no 3º trimestre, que subiu 6,0% T/T anualizado, mais do que esperado (5,9%). O índice MSCI Ásia Pacífico subiu 1,3% hoje. A bolsa chinesa subiu hoje também com notícias de que as medidas do governo para controlar inflação têm surtido efeito.
Na Europa, bolsas abriram em alta com notícia na Itália. A bolsa italiana sobe 1,8%, com ações de instituições financeiras subindo bastante em especial. No entanto, outras bolsas europeias caem, devido a notícias corporativas ruins. O índice pan-europeu Stoxx600 cai 0,39% agora. O euro está se desvalorizando 0,40% (a €/US$ 1,3694), com a expectativa de leilão de 3 bi de títulos de 5 anos pela Itália hoje.
Os índices futuros do S&P e D&J registram leve alta, de 0,01% e 0,17%, respectivamente. Hoje a agenda econômica dos EUA não contém nenhum dado.
As commodities hoje estão em leve alta, com a diminuição de aversão ao risco com a formação de um novo governo na Itália. O índice UBS/Bloomberg de commodities sobe 0,30%, puxado em especial por commodities metálicas (1,06%). O dólar se valoriza hoje, basicamente devido ao comportamento do euro mencionado acima.
O noticiário político europeu melhorou nos últimos dias, o que pode ser refletido na bolsa brasileira, que pode ter leve alta hoje. A alta será comedida tanto pelas incertezas que ainda restam na situação europeia, quanto pelo feriado que ocorrerá amanhã e acarreta menor liquidez. A menor aversão ao risco também pode fazer os juros futuros caírem levemente hoje e o Real se valorizar contra outras moedas (esse também ajudado pelos preços de commodities).

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Hoje na Economia 10/11/2011


Os mercados tentam se recuperar após a queda de ontem, com medo de que a Itália possa ser a “bola da vez” na crise que assola a Zona do Euro.
Na Ásia as bolsas em geral caíram fortemente com receio de uma crise mais aguda na Itália. O MSCI Ásia Pacífico caiu 3,4%, com queda mais forte na bolsa de Hong Kong (-5,3%). Os dados econômicos também serviram para piorar o humor dos investidores asiáticos, com os pedidos de máquinas no Japão tendo queda acima da esperada em setembro (-8,2% M/M contra -7,2% M/M) e a balança comercial chinesa vindo abaixo das expectativas em outubro (US$ 17 bi contra US$ 25 bi). No caso da balança comercial chinesa, houve desaceleração das exportações, o que pode mostrar efeitos da crise europeia sobre as exportações chinesas, porém a maior parte da piora nela veio de crescimento mais forte das importações.
Na Europa, o índice STOXX600 tem uma leve recuperação (0,69%) após ter caído ontem. O euro se valoriza 0,55% ante ao dólar americano (US$ 1,3619/€), porém também não o suficiente para recuperar a perda de ontem.
A crise fiscal europeia continua mostrando sinais de estar afetando as variáveis reais da economia. A produção industrial francesa e italiana em setembro teve queda mais forte que a esperada. A inflação ao consumidor da França e da Alemanha em outubro subiu, porém os preços no atacado na Alemanha caíram, podendo indicar alívio na inflação no futuro. A comissão europeia divulgou suas novas projeções econômicas, que são de crescimento mais fraco na Zona do Euro (1,5% em 2011 e 0,5% em 2012). A Itália hoje realizou leilão de títulos de 1 ano, conseguindo yields bem mais altos do que os vistos em leilão similar feito em outubro (6,087% a.a. contra 3,570% a.a.). Hoje ainda deve ocorrer a reunião do Banco da Inglaterra.
Os futuros das bolsas americanas estão em leve recuperação, seguindo a Europa, registrando altas de 0,93% no DJ e 1,22% no S&P. Hoje saem dados nos EUA que não devem influenciar tanto o mercado: balança comercial de setembro, resultado fiscal de outubro e pedidos semanais de seguro desemprego.
As commodities também têm leve recuperação no dia de hoje, mais tímida que a vista nas bolsas. O índice UBS/Bloomberg de commodities sobe 0,14%, com quedas em commodities metálicas, porém alta em especial no preço do petróleo (tipo WTI sobe 1,24%).
A bolsa brasileira hoje pode ter leve alta, seguindo o humor externo de recuperação após o dia de ontem. O mercado de juros deve ser afetado pelo dado de vendas no varejo (a expectativa da SulAmérica é de alta de 0,4% M/M nesse dado após a queda do mês anterior), podendo sedimentar ainda mais a percepção de que haverá mais cortes de juros e que a Selic pode chegar a um dígito no ano que vem. No mercado de câmbio, o Real deve ter alguma valorização com a diminuição da aversão ao risco.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Hoje na Economia 09/11/2011


Prevalece aversão ao risco, favorecendo a moeda americana e a japonesa em detrimento das bolsas de valores, commodities e petróleo que apresentam fortes quedas, nesta manhã. Na Itália, a renúncia do primeiro ministro Berlusconi e a expectativa de aprovação de medidas de austeridade não impedem que o yield dos papéis italianos continue subindo, aproximando do fatídico 7,0% ao ano, que levou Portugal e Irlanda a União Européia e ao FMI. Na Grécia, a formação de novo governo continua emperrado, com os políticos evitando o ônus de ter que empurrar mais medidas amargas goela abaixo do povo grego. A Irlanda começa a se deslocar para o centro do palco, podendo ser a próxima bola da vez.
Na Europa, o índice STOXX600 após abertura em alta, mostra perda de 1,11% neste momento. Em Londres a bolsa local opera no vermelho (-1,02%), como também França (-1,45%) e Alemanha (-1,16%). O euro recua 0,89% ante ao dólar americano (US$ 1,3718/€), enquanto ante ao iene japonês é negociado a ¥106,57/€, com a moeda nipônica se valorizando 0,88%.
Os futuros das bolsas americanas compartilham do mau humor reinante na Europa, registrando perdas: S&P -1,67% e D&J -1,32%. Agenda sem grandes destaques, com atenção para o discurso de Ben Bernanke em conferencia do Fed para pequenos negócios.
Na China, foi divulgado o índice de inflação ao consumidor, que recuou para 5,5% em outubro de 6,1% em setembro. No atacado, a queda foi mais expressiva: para 5,0% de 6,5% em setembro. Esse resultado reforça a estratégia de adoção de políticas seletivas de estímulo à economia, atenuando os impactos recessivos do desaquecimento global. A bolsa de Shanghai apurou alta de 0,84%, enquanto no Japão, estimulados pelos bons dados chineses e o acerto político na Itália, o índice Nikkei fechou o pregão com valorização de 1,15%.
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 95,82/barril, com queda de 1,02%. As commodities também recuam nesta manhã: metais -1,35% e agrícolas –0,54%.
Como menor apetite ao risco comandando as ações no dia de hoje, o Ibovespa deverá acompanhar as bolsas americanas, devendo registrar perdas. No mercado de câmbio, o real deve se depreciar, refletindo a busca de refúgio seguro que favorece a moeda americana (dólar índex: +0,62%, neste momento). No mercado de juros, a tendência baixista prevalece, com o mercado precificando um ciclo mais prolongado de afrouxamento monetário.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Hoje na Economia 08/11/2011


A crise européia se alastra. A França anunciou ontem um forte ajuste fiscal, envolvendo pesados cortes no orçamento, no intuito de firmar sua capacidade de continuar honrando a sua dívida. A Grécia continua mergulhada na crise política. E a Itália passa para o centro do palco. Hoje, se vota o orçamento de 2012, que poderá confirmar se o governo Berlusconi ainda detém a maioria no parlamento, condição necessária para impor um programa de austeridade fiscal que acalme os mercados. O risco país da Itália atingiu, ontem, patamares equivalentes ao de Portugal e Irlanda às vésperas de serem resgatados pela União Européia.
Enquanto aguarda os acontecimentos na Itália, o investidor europeu mostra-se relativamente otimista. O índice STOXX600 opera em alta de 1,30% nesta manhã. Na Inglaterra, a bolsa de Londres sobe 1,28%, enquanto em Paris e Frankfurt registram ganhos de 1,46% e 1,52%, respectivamente. O euro opera relativamente estável, tanto em relação ao dólar americano (cotado a US$ 1,3772/€) como em relação o iene (¥ 107,51/€). Os futuros das bolsas norte-americanas seguem seus pares europeus. O S&P opera com ganhos de 0,25%, enquanto D&J registra valorização de 0,32%, neste momento. Nos Estados Unidos, a agenda econômica é vazia.
Na Ásia, os mercados foram marcados por muita volatilidade. O índice Nikkei de Tókio fechou em queda de 1,27%. Na China, Shanghai, recuou 0,24%, enquanto Hong Kong fechou estável. Os mercados de commodities operam de olho nos dados de atividade econômica e inflação que serão divulgados na China nesta noite. O índice geral de commodities registra valorização de 0,47% nesta manhã, refletindo alta de 0,53% de metais e 0,20% de agrícolas. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 96,19/barril, com alta de 0,90%, neste momento.
A bolsa brasileira poderá acompanhar os mercados internacionais e a alta das commodities, devendo sustentar a trajetória de valorização observada nos últimos pregões. O real pode abrir se apreciando frente ao dólar americano, mas seu desempenho dependerá da evolução da percepção de risco ditada pela evolução dos fatos na Itália. Nos juros, a tendência é de queda diante do agravamento do quadro externo. Crescem apostas em um ajuste de 0,75 ponto percentual no próximo Copom, bem como em um ciclo mais prolongado de corte de juros, que levaria a Selic para 10% ao final do primeiro semestre de 2012.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Hoje na Economia 07/11/2011


Voltou-se a estaca zero. Muita conversa no G20 e pouco resultado. Na Grécia, o ministro Papandreu renunciou para possibilitar a formação de um novo governo de coalizão, que poderá aceitar (ou não) as exigências da União Européia para o resgate do país. Enquanto isso, as atenções voltam-se à Itália, com crescente desconfiança que o atual ministro Berlusconi não será capaz de unir o governo em torno de um plano de austeridade capaz de acalmar os mercados.
Diante a tanta incerteza, os investidores optam pela busca de porto seguro. O dólar se valoriza frente às principais moedas (dólar índex +0,40%), bolsas, commodities e petróleo recuam, nesta manhã. Na Europa, o índice STOXX600 perde 1,29%, neste momento, seguido por queda de 1,19% em Londres; -1,38% e -1,49% na França e Alemanha, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3721/€, perdendo 0,51% ante à moeda americana.
No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,39% diante de resultados corporativos desapontadores. A moeda japonesa ganha força nesta manhã de aversão ao risco, cotada a ¥78,10/US$ (+0,18%) e ¥107,20/€ (+0,65%). Na China, a bolsa de Shanghai registrou perda de 0,73%, enquanto Hong Kong recuou 0,83%.
Os futuros das principais bolsas norte-americanas seguem a tendência prevalecente no mercado europeu, registrando perdas neste momento: S&P -1,10% e D&J -0,96%. Sem eventos relevantes na agenda americana no dia de hoje.
No mercado de commodities, o índice geral recua 0,38%, sendo que metais perdem 1,11% e agrícolas 0,30%. O petróleo tipo WTI, negociado a US$ 93,84/barril, registra queda de 0,46% nesta manhã.
Em um dia de maior aversão ao risco, com quedas generalizadas nas bolsas americanas e das principais commodities, o Ibovespa dificilmente manterá a mesma performance da última sexta-feira, quando andou na contramão das principais bolsas internacionais. No mercado de câmbio, o real deverá acompanhar as demais moedas, registrando perdas ante a moeda norte-americana. No mercado de juros, deve prevalecer a trajetória de baixa, refletindo as tensões externas e o recuo das commodities.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Hoje na Economia 04/11/2011


Mercados mostram-se cautelosos nesta manhã. Ainda surfando o otimismo decorrente da suspensão do referendo na Grécia e o surpreendente corte de juros promovido pelo banco central europeu (BCE), investidores percebem ainda um horizonte carregado de incertezas. Hoje o governo grego será submetido a um voto de confiança. Poderá perder, levando o país a novas eleições e, provavelmente, a um novo governo, adicionando mais dúvidas em um quadro já instável.
Na Europa, o índice STOXX600 mostra-se muito volátil. Neste momento, sobe 0,38%. Na Inglaterra, o índice FTSE-100 sobe 0,78%, enquanto o CAC40 francês registra alta 0,67% e o DAX de Frankfurt sobe 0,20%. O euro é negociado a US$ 1,3852/€, com alta de 0,19% ante ao dólar.
Os futuros dos índices americanos S&P e D&J acompanham o quadro de incerteza prevalecente, registrando fracas oscilações. Nesta manhã, será divulgada a folha de pagamento de outubro, que deverá registrar a criação líquida de 95 mil vagas no mês (103 mil em setembro), refletindo a fraqueza do mercado de trabalho americano. Esse dado, no entanto, foi atenuado pelas declarações de Ben Bernanke, nesta semana, assegurando que o Fed pode lançar mão do QE3, caso sejam necessários novos estímulos à combalida economia americana.
Acompanhando as bolsas globais, o mercado acionário de Tókio fechou em alta de 1,86%, na euforia causada pelo cancelamento do referendo grego sobre o plano de resgate da zona do euro. Mas resultados fracos pelo lado corporativo limitaram o otimismo dos investidores, freando a valorização da bolsa local. Na China, a bolsa de Shanghai subiu 0,81%, enquanto Hong Kong valorizou 3,12%.
No mercado de commodities, o índice geral registra alta de 0,67% nesta manhã, sendo que as commodities metálicas sobem 0,94% e as agrícolas 0,38%. O petróleo tipo WTI registra alta de 0,78%, negociado a US$ 94,80/barril.
Nesta manhã, em que prevalece um quadro de incertezas alimentado pela evolução dos fatos políticos na Grécia, o mercado de ações brasileiro deve acompanhar a volatilidade ditada pelos eventos externos. No mercado de câmbio, o real poderá se apreciar ante ao dólar na medida em que reduza o grau de incerteza externa. No mercado de juros futuros, enquanto se aguarda por definições mais claras sobre o ambiente internacional, prevalece o que já está precificado, ou seja, mais dois cortes na taxa básica de juros até o começo de 2012.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Hoje na Economia 01/11/2011


Há razões de sobra para o pessimismo no dia de hoje. Não bastasse a falta de detalhes sobre o plano de salvamento da zona do euro, além da indefinição que cerca a situação fiscal na Itália, o governo grego anunciou a realização de um referendo sobre o novo acordo de ajuda financeira à Grécia, além de ter solicitado um voto de confiança. O voto de confiança será apreciado nesta sexta-feira. O referendo, possivelmente, em janeiro.
Prevalece claro ambiente de aversão ao risco, nesta manhã. As bolsas européias operam em baixa: índice STOXX600 cai 2,62%; França:-3,18%; Londres: -2,07% e Alemanha: -3,49%. O euro devolveu os ganhos recentes, sendo negociado a US$ 1,3714/€, com desvalorização de 1,05% ante ao dólar, nesta manhã. O iene voltou a ganhar força ao longo do pregão de hoje, se valorizando 1,09% ante ao euro e mantendo-se relativamente estável ante à moeda americana, cotado a ¥78,16/$, neste momento.
Os futuros dos índices S&P e D&J acompanham seus pares europeus, operando no vermelho, registrando quedas de 1,47% e 0,92%, respectivamente. Na agenda norte-americana, expectativa para o ISM-Manufatura de outubro, que deverá registrar 52,0 pontos, segundo o consenso, indicando que a indústria americana segue evoluindo em ritmo lento. Evita-se a recessão, mas não se consolida um ambiente de firme retomada da atividade econômica.
Na China, foi divulgado o índice oficial de atividade PMI-CFLP, o qual recuou de 51,2 pts em setembro para 50,4 em outubro. Permanece acima do ponto crítico (50 pts, abaixo do qual indica retração), reforçando o cenário de lenta desaceleração da economia chinesa. O índice de Shanghai fechou em torno da estabilidade, enquanto a bolsa de Hong Kong caiu 2,49%, sob os efeitos das incertezas que cercam o cenário europeu. Da mesma forma, a bolsa de Tókio fechou em queda de 1,70%.
Em razão dos fracos dados sobre atividade na China, as commodities recuam no dia de hoje. O índice geral recua 1,82% neste momento, enquanto metais perdem 2,98% e agrícolas caem 1,21%, nesta manhã. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 91,10/barril, com perda de 2,27%, neste momento.
Indefinições na Europa, desaceleração econômica na China e queda nos preços das commodities se constituem em combinação desfavorável ao Ibovespa, que deverá acompanhar o mercado internacional em sua tendência de baixa. Um ISM surpreendentemente positivo nos EUA poderá reverter esse quadro. No mercado de câmbio, o dólar mostra força, dado a busca por refúgio seguro nesta manhã. Sinal de provável depreciação do real ante a moeda americana. No mercado de juros futuros, as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterando que ajustes moderados na taxa básica de juros são compatíveis com Selic em 4,5% em 2012, devem consolidar a atual estrutura a termo de taxas de juros.