sexta-feira, 3 de junho de 2011

Próxima ajuda à Grécia deve sair no início de julho


País terá que aprofundar as medidas fiscais, de reformas estruturais e de privatização para atingir as metas previstas por UE, BCE e FMI 

SÃO PAULO - A partir das próximas semanas, o Banco Central Europeu, o FMI e a Comissão Europeia devem começar a discutir as "modalidades de financiamento para o programa econômico da Grécia", segundo nota distribuída nesta sexta-feira, 3. Segundo o comunicado,  após a conclusão desse processo e a aprovação do Conselho Executivo do FMI e do Eurogrupo, a próxima tranche estará disponível, o que está previsto para ocorrer no início de julho.
03 de junho de 2011 | 13h 39

Nesta sexta, após algumas semanas de avaliação do cumprimento das metas do programa de ajuda da UE, do BCE e do FMI do ano passado, as equipes técnicas que representam cada uma das autoridades divulgaram a conclusão da missão na Grécia. A "troika", como vem sendo chamado as equipes, concluíram que o país terá que aprofundar as medidas fiscais de reformas estruturais e de privatização para atingir as metas previstas no programa.
Novos empréstimos
O primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou esperar que os países da zona do euro forneçam novos empréstimos para a Grécia depois que o primeiro-ministro grego, George Papandreou, prometeu criar uma agência para realizar vendas rápidas e transparentes de ativos estatais.
No entanto, Juncker sugeriu que os empréstimos só serão fornecidos se credores do setor privado da Grécia voluntariamente oferecerem algum tipo de apoio para manter o país financiado. As declarações foram feitas depois de duas horas de reunião entre as duas autoridades.
"Eu espero que o Eurogrupo concorde que o financiamento adicional seja fornecido para a Grécia sob rígidas condições", disse Juncker. "Essas condições incluirão o envolvimento do setor privado em base voluntária e esse envolvimento terá de ser negociado com os credores privados", afirmou.
"Sob essas condições e nessa base, é óbvio que não haverá saída da Grécia da zona do euro (...) e a Grécia será capaz de honrar suas obrigações", acrescentou Juncker. Papandreou reiterou as declarações de Juncker e disse que a Grécia permanece comprometida com o cumprimento de todos os seus compromissos. Nenhum dos dois respondeu a perguntas de jornalistas.
Novos progressos
O BCE, o FMI e a Comissão Europeia disseram, em nota divulgada há pouco nesta sexta, que novos progressos foram feitos pelo governo da Grécia com as reformas estruturais.
"Legislação para modernizar a administração pública, reforma da saúde, melhorias no funcionamento do mercado de trabalho, eliminação de obstáculos à criação e funcionamento de uma empresa e liberalização do transporte e energia já foram implementados ou estão em andamento", segundo a nota.
As instituições disseram também que governo grego vai continuar a avançar nessas áreas, com particular ênfase nos próximos meses sobre os condutores do crescimento, como a recuperação da indústria do turismo e a remoção dos obstáculos administrativos para a exportação.
Para se certificar de que as estruturas da reforma são eficazes o mais breve possível, as autoridades gregas irão reforçar o processo de implementação, nomeadamente através da assistência técnica do FMI, os Estados-membros e a Comissão Europeia, e colocar os mecanismos de acompanhamento em andamento, de acordo com a nota.
Fonte: Estadão.com.br

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