quinta-feira, 29 de março de 2012

Hoje na Economia 29/03/2012


A percepção de que a crise europeia começa estender suas garras para Espanha e a expectativa de que surpresas econômicas negativas, oriundas das economias americana e chinesa, deverão se tornar mais abundantes colocam os investidores na defensiva, evitando ativos de risco.



Bolsas europeias operam em baixa nesta manhã. O índice STOXX600 recua 0,73% neste momento, seguido de Londres -0,70%; Paris -0,86% e Frankfurt -1,04%. O dólar se valoriza frente às principais moedas (dólar índex: +0,15%), enquanto o euro é negociado a US$ 1,3286/€, com queda de 0,23%.



Os futuros dos índices S&P e D&J também operam em queda, registrando perdas de 0,34% e 0,27%, respectivamente, neste momento. Na agenda econômica, o resultado final do PIB do 4º trimestre/11 mostrará que a economia americana cresceu 3,0% anualizado, no período. Enquanto, o número de novos pedidos de seguro desemprego deve ter somado 350 mil na semana passada, 2 mil a mais do que o dado anterior.



No Japão, o índice Nikkei manteve a tendência de queda do dia anterior, fechando o pregão com perda de 0,67%. O iene voltou a ganhar força ante aos principais parceiros comerciais japonês, sendo cotado a ¥ 82,28/US$ nesta manhã. Na China, a bolsa de Shanghai fechou com perdas de 1,43%, enquanto Hong Kong perdeu 1,32%. Temores de um hardlanding na China afugentam os investidores.



Mercado de commodities opera em queda. Petróleo recua 0,13% nesta manhã, cotado a US$ 104,98/barril. O índice total de commodities perde 0,41%, com metais caindo 0,75% e agrícolas -0,20%.



Baixo apetite ao risco e preços das principais commodities em queda não sugerem um dia positivo para o Ibovespa, que deverá registrar quedas no dia de hoje, à semelhança das principais bolsas internacionais. No mercado de câmbio, a valorização do dólar frente às principais moedas deve também prevalecer ante ao real. No mercado de juros futuros, o principal evento será a divulgação do Relatório de Inflação do 1º trimestre. Investidores deverão avaliar as justificativas do BC sobre a intenção de levar a Selic a se aproximar do piso histórico de juros (8,75% a.a.), o que poderá ajudar a projetar o curso da política monetária nos próximos meses.

Fonte: SulAmérica Investimentos

terça-feira, 27 de março de 2012

Hoje na Economia 27/03/2012


Sinalização de que o Fed estaria disposto a manter a política acomodatícia de juros baixos por longo tempo e que o governo alemão pretende apoiar o aumento dos fundos de resgate da zona do euro sustentam o otimismo no dia de hoje, alimentando a procura por ativos de risco.



O dólar perde valor frente às principais moedas (dólar índex: -0,10%), enquanto o euro vem se mantendo estável em torno de US$ 1,3360/€. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 registra ganho de 0,30% neste momento, acompanhado de altas de 0,19% para a bolsa de Londres, 0,70% para Frankfurt e 0,30% para Paris.



Os índices futuros das principais bolsas americanas operam com discretas altas nesta manhã: S&P 0,07% e D&J: +0,05%. Essa trajetória deve ganhar força com divulgação de indicadores que reforcem o ambiente de fortalecimento da economia. Neste sentido, atenção para o índice de confiança do consumidor, apurado pelo Conference Board, que deve ter atingido o patamar mais elevado em um ano no mês de março (70,1 pontos segundo o consenso), enquanto os preços das residências devem reforçar o cenário de desaceleração no ritmo de queda.



No Japão, o mercado acionário local registrou valorização de 2,36% no pregão de hoje, levando o Nikkei a patamar superior àquele que prevalecia por ocasião do terremoto no ano passado. O bom desempenho deveu-se a desvalorização do iene e os sinais de contínuo afrouxamento da política monetária nos EUA. O iene é cotado a ¥ 82,79/US$, neste momento.



No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 107,35/barril, enquanto o índice total de commodities registra discretas oscilações. Destaque para o índice de metais que perde 0,40% nesta manhã.


O otimismo que prevalece no exterior deve contaminar o mercado acionário brasileiro, devendo proporcionar mais um dia de ganhos para o Ibovespa. No mercado de câmbio, com o dia se iniciando com um leilão de swap reverso para rolar contratos que vencem em abril, a expectativa é de ligeira depreciação do real, apesar da tendência de enfraquecimento do dólar delineada nesta manhã. No mercado de juros futuros, sem uma agenda relevante, perspectivas de fracas oscilações, ao sabor do ambiente externo positivo.

Fonte: SulAmérica Investimentos

sexta-feira, 23 de março de 2012

Hoje na Economia 23/03/2012


Mercados ainda se ressentem dos fracos dados sobre atividade industrial divulgados ontem na China e na Europa, que reviveram os temores sobre o enfraquecimento da economia global.



No Japão, o iene voltou a se valorizar (¥ 82,57/US$), derrubando a cotação dos papéis de importantes exportadoras (Honda e Sony, principalmente). O índice Nikkei fechou em queda de 1,14%, recuperando-se parcialmente no final do pregão após cair abaixo dos 10 mil pontos. Na China, o pessimismo em relação ao desempenho da atividade produtiva nos próximos meses impôs queda de 1,10% para o índice Xangai SE no pregão do hoje.



Na Europa, mercados abriram em queda. O índice STOXX600 recua 0,29% nesta manhã, acompanhado de perdas de 0,52% na França, -0,22% na Alemanha e -0,15% em Londres. O euro é negociado a US$ 1,3261/€ (+0,46% neste momento).



Os índices futuros das principais bolsas americanas operam sem um direcional definido. Ambos os índices registram discretas oscilações: S&P opera em torno da estabilidade, ao passo que o D&J recua 0,11%, neste momento. Na agenda, será divulgado o resultado das vendas de casas novas em fevereiro, que segundo o consenso do mercado deve ter subido 1,3% ante ao mês anterior. Bernanke discursa em evento patrocinado pelo Fed, mas não deverá acrescentar novidades quanto à política de “wait and see” adotada pela autoridade monetária americana.



No mercado de commodities, observou-se reação nos principais produtos, principalmente agrícolas, após as fortes quedas de ontem. O índice total sobe 0,48%, sendo que metais em alta de 0,42% e agrícolas +0,67%. O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 105,93/barril com valorização de 0,55%.



A melhora no mercado de commodities e as chances (ainda que pequenas) para um desempenho positivo para o mercado bursátil americano abrem espaço para uma recuperação do Ibovespa no dia de hoje, após as quedas nos últimos três pregões. No mercado de câmbio, o dólar perde força no mercado externo nesta manhã (dólar índex: -0,34%), tendência que deverá prevalecer ante a moeda nacional. No entanto, o governo mostra-se vigilante para impedir a valorização do real. No mercado de juros futuros, a agenda contempla a divulgação das vendas do comércio em janeiro, que devem ter subido 1,7% (MoM) segundo o consenso do mercado. Ainda que seja um dado “atrasado”, um desempenho melhor do que o esperado, reforçando o cenário de um consumo doméstico forte, poderá levar a alguma abertura nos vértices mais longos da curva de juros a termo.

Fonte: SulAmérica Investimentos

quinta-feira, 22 de março de 2012

Hoje na Economia 22/03/2012


Desaceleração industrial na China e na Europa aumenta temores sobre a sustentabilidade da recuperação da economia mundial, afastando os investidores dos ativos de risco no dia de hoje. Bolsas, commodities e petróleo recuam nesta manhã, enquanto o dólar se valoriza frente às principais moedas.



Na China, o dado preliminar da atividade industrial (PMI) de março, divulgado pelo HSBC, mostrou que o setor manufatureiro continua perdendo força por conta das baixas encomendas externas, levando a redução do emprego no setor. Na Europa, índice semelhante marcou 47,7 pontos em março (consenso 49,5 pts), com inesperada desaceleração da atividade industrial da Alemanha e França, acirrando temores de aprofundamento da recessão na região.



A bolsa europeia (índice STOXX600) opera com perda de 1,30% neste momento, com destaque para quedas de 0,98%, 1,72% e 1,54%, paras as bolsas da Inglaterra, França e Alemanha. O euro encontra-se em queda (-0,42% neste momento), cotado a US$ 1,3162/€. O dólar ganha 0,20% frente às principais moedas.



Os futuros do S&P e D&J também operam em queda (-0,64% e -0,54%), respectivamente. Na agenda destaque para o indicador antecedente que deve ter subido 0,6% em fevereiro, sinalizando a continuidade do crescimento moderado da economia americana nos próximos meses. Os pedidos de seguro desemprego na semana passada devem ter diminuído em 1 mil pedidos, totalizando 351 mil, mantendo a trajetória de paulatino fortalecimento do mercado de trabalho americano.



No Japão, o índice Nikkei fechou com valorização de 0,40%, com o bom desempenho das exportações em fevereiro, que levou a balança comercial japonesa a registrar inesperado superávit no mês. Na China, a bolsa de Shanghai encerrou o pregão com queda de 0,10%.



No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 1,30% nesta manhã (US$ 105,89/barril), acusando os efeitos da ameaça da França de que os países avançados estão considerando liberar parte de suas reservas estratégicas para impedir maior alta do produto. As commodities em geral registram acentuada queda nesta manhã.



Sem uma agenda doméstica relevante, deve pesar sobre o mercado acionário brasileiro a desaceleração da economia chinesa, o que poderá impor nova perda para o Ibovespa no pregão de hoje. No mercado de câmbio, continua pesando nas decisões dos investidores a trajetória para a taxa pretendida pelo governo, que busca manter o valor do dólar acima de R$ 1,80. Portanto, a cautela prevalece nesse mercado. No mercado de juros futuros, hoje será divulgado o IPCA-15 de março, que deverá ficar em 0,38%, mostrando forte desaceleração em relação ao mês anterior (0,53%). Será conhecida também a taxa de desemprego de fevereiro (consenso 5,9%), refletindo um mercado de trabalho apertado. A balança deve pesar para a menor pressão inflacionária, que deverá refletir em estabilidade dos principais vértices da curva, com ligeiro viés de baixa.

Fonte: SulAmérica Investimentos

quarta-feira, 21 de março de 2012

Hoje na Economia 21/03/2012


Ainda sob o peso das notícias negativas sobre a China, indicando riscos crescentes de desaceleração da segunda maior economia do mundo, mercados operam cautelosos nesta manhã. Otimismo comedido é depositado nos novos dados sobre as vendas de casa existentes nos Estados Unidos, que, segundo o consenso, deve ter totalizado 4,61 milhões de unidades vendidas (+0,9% MoM) em fevereiro, em termos anualizados. Se verificado, esse dado colocaria as vendas do setor no maior patamar desde 2010, sinalizando que o mercado de residência começa a sair da letargia que o caracterizou nos últimos anos. Na expectativa de mais um sinal de fortalecimento da economia americana, os índices futuros das principais bolsas americanas operam em alta, com S&P subindo 0,26% e D&J +0,21%.



Na Europa, o euro mostra valorização de 0,32% (US$ 1,3259/€), neste momento, enquanto o dólar perde 0,21% antes as principais moedas. No mercado acionário, o índice pan-europeu STOXX600 opera em discreta alta, enquanto o FT-100 de Londres apura ganho de 0,16%, seguido CAC-40 de Paris (+0,35%) e do DAX-30 de Frankfurt (+0,26%).



No Japão, o índice Nikkei devolveu parte dos ganhos dos últimos dias, fechando o pregão com queda de 0,55%. Fruto da preocupação dos investidores quanto aos riscos de desaceleração da economia chinesa. O iene é negociado a ¥ 83,86/US$ (-0,18%), nesta manhã. Na China, a bolsa de Shanghai fechou estável, enquanto Hong Kong registrou perda de 0,15%.



No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recupera-se ante as perdas de ontem, voltando a ser cotado a US$ 106,64/barril, com alta de 0,54%. No mercado e commodities, tanto o índice dos produtos agrícolas como o índice de metais operam com discretas oscilações, nesta manhã.



O Ibovespa poderá acompanhar as boas expectativas sinalizadas pelos futuros das bolsas americanas para o dia de hoje, registrando recuperação ante a queda de ontem. Mas a má performance das commodities e dúvidas quanto à recuperação da economia chinesa poderão impedir um bom desempenho do mercado acionário brasileiro. No mercado de câmbio, as últimas intervenções do BC deixaram a percepção de que a autoridade busca firmar um piso para o dólar acima de R$ 1,80. No mercado de juros futuros, foco da divulgação do IPCA-15 de março (consenso 0,38%) amanhã, o que deve manter mercado na defensiva, resultando em poucas oscilações para hoje.

Fonte: SulAmérica Investimentos

quinta-feira, 15 de março de 2012

Hoje na Economia 15/03/2012


A abertura dos mercados internacionais sugere um dia de preços de ativos de risco em ligeira alta, uma vez que os principais índices de ações mundiais operam no azul neste momento. A motivação vem do crescente fortalecimento da economia americana e da elevada liquidez prevalecente nos mercados mundiais.



Na Europa, o índice STOXX600 opera com discretas oscilações, como também o índice FT-100 da bolsa londrina. Os mercados acionários de Paris e Frankfurt registram ganhos de 0,07% e 0,15%, respectivamente. O euro é negociado a 1,3051 US$/€, com valorização de 0,15% ante a cotação prevalecente na tarde de ontem.



À semelhança dos mercados de ações europeus, os índices futuros das principais bolsas norte-americanas operam em ligeira alta (S&P +0,14% e D&J +0,05%). Na agenda, destaque para a divulgação da inflação ao produtor de fevereiro, que segundo o consenso do mercado, deverá subir 0,5% no mês, acumulando alta de 3,3% em termos anuais (núcleo PPI: +0,2% MoM e 2,9% YoY). Serão conhecidos também os números dos novos pedidos de seguro desemprego, que segundo o consenso do mercado devem ter totalizado 357 mil pedidos, 5 mil a menos do que na semana anterior. Em linha com o discurso do Fed: fortalecimento do mercado de trabalho com inflação sob controle.



Sinais de fortalecimento da economia americana reduzem as chances de um novo quantitative easing, levando o dólar a se fortalecer frente às principais moedas. O iene tem se beneficiado desse movimento, com a cotação atingindo ¥ 83,69/USD, a mais elevada dos últimos 11 meses. A valorização do iene impulsionou as ações das empresas exportadoras japonesas, levando o Nikkei a registrar valorização de 0,72% no pregão de hoje. Na China, a bolsa de Shanghai apurou perda de 0,73%, após saber que os investimentos estrangeiros diretos caíram pelo terceiro mês consecutivo.



No mercado de commodities, o índice geral sobe 0,18% (metal +0,18% e agrícola +0,66%), enquanto o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 105,46/barril, operando em torno da estabilidade.



Na agenda doméstica, o principal evento para hoje é a divulgação da ata da reunião do Copom da semana passada, que reduziu a Selic para 9,75%. Espera-se por esclarecimentos sobre os motivos para aceleração do corte da Selic, que devem focar na desaceleração inflacionária deste início de ano, além dos fracos resultados apresentados pela atividade econômica recentemente. Para o Ibovespa, o cenário externo aponta para um dia de recuperação, após o movimento de realização de lucros observado no pregão de ontem. No mercado de câmbio, o valor do dólar deve ficar flutuando em torno de R$ 1,80.

Fonte: SulAmérica Investimentos

quarta-feira, 14 de março de 2012

Hoje na Economia 14/03/2012


Ante uma agenda global esvaziada, mercados sustentam otimismo gerado pela avaliação positiva sobre a recuperação da economia americana efetuada pelo o Fed no comunicado divulgado após a reunião de política monetária (Fomc), realizada ontem. Diminuem as chances da necessidade de novas medidas de estímulo monetário. Além disso, foi bem recebido o resultado do teste de estresse efetuado junto a 19 grandes bancos americanos, que mostrou um sistema financeiro fortalecido, com instituições lucrativas, líquidas e capitalizadas.



Afastada a hipótese de novas injeções de moeda na economia americana, dólar se fortalece frente às principais moedas. O euro é negociado a US$ 1,3071/€ (-0,11%) e o iene a ¥ 83,46/$ (-0,62%). Os futuros dos índices S&P e D&J operam em ligeira alta: 0,17% e 0,23%, respectivamente.



Na Europa, com a superação da fase mais aguda da crise da dívida europeia, os investidores surfam o otimismo gerado pelo fortalecimento da economia americana. O índice STOXX600 registra ganhos de 0,82% neste momento, enquanto em Londres o FT-100 sobe 0,50%; na França o CAC-40 +1,0% e na Alemanha 0 DAX-30 +1,39%.



No Japão, o índice Nikkei se valorizou 1,53% no pregão de hoje, voltando a operar acima dos 10 mil pontos. Uma moeda desvalorizada, favorecendo o setor exportador japonês, foi a principal motivação dos investidores no mercado de ações. Na China, a bolsa de Xangai registrou queda de 2,63%, em meio a rumores que o governo pretende mexer na banda cambial para dar maior coordenação ao movimento de desvalorização da moeda chinesa, que, segundo as autoridades locais, já se encontra próxima do equilíbrio.



No mercado de commodities, com afastamento, pelo menos por ora, de novas medidas de ampliação de liquidez por parte do Fed, commodities em geral operam em queda. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 106,49/barril, com queda de 0,21%, O índice de commodities geral recua 0,43%, com metais recuando 0,52% e agrícolas -0,36%.



Neste dia de menor aversão ao risco, os investidores deverão favorecer o Ibovespa, que deverá prosseguir em sua trajetória de alta. No entanto, a queda das cotações das principais commodities abre espaço para alguma realização após a forte alta de ontem. No mercado de juros futuros, sem uma agenda de destaque, espera-se por pequenas oscilações nos principais vértices, mas com viés de baixa. No mercado de cambio, o movimento deve ser no sentido de depreciação do real ante a moeda americana, não só pela tendência de valorização do dólar no dia de hoje, como em reação às declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitindo que, no momento, o governo administra um sistema de bandas no regime flutuante.

Fonte: SulAmérica Investimentos

terça-feira, 13 de março de 2012

Hoje na Economia 13/03/2012


Maior parte dos mercados internacionais abre com tom otimista hoje, com boas notícias vindas da Europa.



No Japão houve a reunião do Banco do Japão, que dessa vez não aumentou seu programa de compra de títulos, que permanece em ¥ 30 tri (na reunião passada ele havia aumentado esse programa em ¥ 10 tri). Entretanto, o BoJ aumentou o programa de empréstimos em ¥ 2 tri (cerca de US$ 24 bi), com o intuito de incentivar o crescimento de longo prazo da economia. A bolsa japonesa não reagiu bem a essa notícia, diminuindo o ganho em Tóquio de 1,2% para 0,1%. O iene está se desvalorizando 0,45%, sendo cotado a 82,61 contra o dólar. As outras bolsas asiáticas fecharam em alta, reagindo mais a notícias europeias, com o MSCI Ásia Pacífico subindo 0,6%. Há rumores de que autoridades chinesas podem anunciar plano de ajuda para exportadores.



Na Europa, a reunião dos ministros das finanças da Zona do Euro ontem aprovou o segundo pacote de ajuda à Grécia, de €130 bi. O índice de sentimento econômico, medido pelo instituto ZEW na Alemanha e na Zona do Euro, surpreendeu positivamente em março, ficando em 11,0 no primeiro caso (contra -8,1 no mês anterior) e 22,3 no segundo caso (contra expectativa de 10,0). Os índices de confiança da Zona do Euro estão reagindo às medidas tomadas pelo Banco Central Europeu desde o final do ano passado para conter a crise e mostram que elas foram, em boa parte, bem sucedidas. As bolsas europeias sobem hoje, com o índice pan-europeu Stoxx600 ganhando 1,1% (Londres 0,8%, Frankfurt 1,1%, Paris 1,1%). O euro, por outro lado, se deprecia contra o dólar (-0,3%), sendo cotado a 1,3114 contra a moeda americana.



Nos EUA os futuros das bolsas também estão em alta pela manhã. O futuro do Dow Jones sobe 0,55% e o do S&P500 0,60%. O dólar tem leve valorização contra outras moedas (índice DXY sobe 0,14%), em especial contra o iene. Hoje ocorre a reunião do Fomc, sendo que os mercados não esperam muitas mudanças nessa reunião, após as diversas novidades introduzidas na reunião mais recente (meta de inflação e comprometimento com taxa de juros baixa até final de 2014). Sairão também dados econômicos referentes ao mês de fevereiro (vendas no varejo, para as quais é esperada alta forte, de 1,1% M/M).



Os preços de commodities internacionais sobem, acompanhando o otimismo global. O índice geral de commodities UBS/Bloomberg sobe 0,44%, com destaque para as commodities metálicas. O preço do petróleo tipo WTI sobe 0,43%, cotado a US$ 106,79/barril.


No Brasil, hoje não é prevista a divulgação de nenhum dado econômico de relevância. O mercado de ações brasileiro deve ter alguma recuperação hoje, após a queda vista ontem e com o otimismo global e a recuperação nos preços de commodities. Os preços de commodities também podem ajudar o Real a se desvalorizar menos hoje, sendo que a perspectiva é de estabilidade para a moeda brasileira contra o dólar (a não ser que seja anunciada nova medida para coibir entrada de recursos estrangeiros). No mercado de juros, os contratos futuros podem ter leve alta hoje, realizando lucros e reagindo aos dados do monitor de inflação, que têm alta na ponta.
Fonte: SulAmérica Investimentos

segunda-feira, 12 de março de 2012

Com Parreira, XP lança projeto financeiro para atletas

Desde que largou o comando de times e seleções, Parreira, tetracampeão Mundial com a Seleção Brasileira em 1994, passou a investir em diversas áreas fora das quatro linhas. Nesta segunda-feira, o ex-treinador apresentou o seu mais novo projeto. Em parceria com a empresa corretora de investimentos XP, foi lançada a XP Sports, braço da companhia que focará apenas em realizar uma assessoria financeira especializada para atletas esportivos. Além do próprio Parreira, o evento, realizado em um hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro, contou com a presença de atletas e ex-atletas.
Parreira lança empresa esportiva (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)Parreira durante o lançamento da empresa (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)
Antes mesmo do lançamento oficial, a XP Sports já conta com 20 clientes entre jogadores de futebol, atletas olímpicos e pilotos de automobilismo. O volante Muralha e o lateral-direito Leonardo Moura, ambos do Flamengo, estão entre os clientes. Além deles, o ex-zagueiro Fábio Luciano e os apoiadores do Fluminense Wagner e Souza também confiaram à empresa parte de seus vencimentos. Fora do mundo da bola, os atletas da vela Marco Grael e André Bochecha são outros beneficiados. Os cinco últimos, inclusive, estiveram presentes no evento.
Segundo Parreira, a iniciativa, que vai buscar traçar um perfil financeiro individualizado de cada cliente para poder definir o tipo de investimento, é algo inédito. O ex-treinador ressaltou a importância do fato ainda mais em um meio onde a carreira não é longa e no qual é raro encontrar pessoas que se preocupam com a saúde financeira.
- Estou no futebol há mais de 40 anos e vi poucos se preocuparem com educação financeira. Você é invadido por um volume de dinheiro muito grande e não sabe o que fazer com ele. Com a ajuda da XP, vamos levar educação financeira para que o atleta e sua família tenham um fim de carreira financeiramente mais saudável e estável. Estamos começando a preencher uma lacuna que existia - explicou o ex-treinador, considerado por Pedro Boesel, piloto de Stock Car e sócio da XP, o embaixador do projeto.
- Ao longo da minha vida já ajudei muita gente com conselhos. O Pedro percebeu isso durante o Footecon (evento organizado por Parreira) e me convidou para fazer esta aproximação dos atletas com a empresa - disse.
O apoiador do Fluminense Wagner ressaltou a importância do projeto. Para ele, é fundamental ter este tipo de orientação já que muita gente depende do seu trabalho e a carreira está cada vez mais curta.
- Tudo é feito visando o nosso futuro. Ao longo da carreira, temos uma média de seis anos para ganhar muito bem. E por trás temos a família, os filhos, os custos com educação, saúde... Não podemos deixar de pensar lá na frente. Este planejamento é importante - afirmou.
Por Rafael CavalieriRio de JaneiroFonte: globoesporte.globo.com

quinta-feira, 8 de março de 2012

Hoje na Economia 08/03/2012


Mercados financeiros seguem otimistas hoje, com notícias boas em quase todos os grandes centros.



A participação dos investidores privados na reestruturação da dívida grega já chega próxima de 60%, diminuindo a preocupação com um evento de estresse nos mercados financeiros. Hoje é a data final para a adesão desses participantes, com muitos analistas esperando que a participação chegue a 80%.



Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o MSCI Ásia Pacífico subindo 1,4%. O dado do PIB japonês do 4º trimestre foi revisto para cima, de queda de -2,3% T/T anualizado para queda de -0,7%.



Na Europa, as bolsas operam em alta, aguardando uma resolução melhor para a questão do PSI na Grécia. O índice pan-europeu Stoxx600 sobe 1,43% pela manhã, com destaque para a bolsa da Alemanha (+2,05%). O Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra se reúnem hoje, e a expectativa é de manutenção das taxas de juros e nenhum anúncio sobre novos programas. O BCE deve ficar em modo de aguardo agora, esperando para ver se as medidas adotadas até agora estão surtindo efeito antes de realizar novas.



Nos EUA os futuros das bolsas também estão em alta, com o índice Dow Jones subindo 0,80% e o S&P500 0,92%. Os dados de ontem de criação de empregos privados em fevereiro e de crédito em dezembro ajudaram a sedimentar o otimismo no mercado. Hoje devem sair dados sobre pedidos semanais de seguro desemprego, para os quais é esperada manutenção em patamar baixo.



O ambiente de menor aversão ao risco hoje faz o dólar perder valor contra outras moedas (índice DXY caindo 0,43%). O euro se valoriza contra a moeda americana, 0,58%, cotado a US$/€ 1,3225, sendo ajudado pela melhor expectativa em relação ao PSI. O iene se desvaloriza, -0,56%, cotado a ¥/US$ 81,55. Os preços de commodities seguem em alta, com o índice geral subindo 0,8%.



No Brasil, ontem o Copom se reuniu e decidiu reduzir a taxa Selic em 75 pb, para 9,75%. Houve uma aceleração no ritmo de corte (era de 50 pb nas reuniões anteriores, desde agosto), que não foi justificada no comunicado, que foi bem lacônico e que mostrou dissidência na votação (dois membros do Copom votaram por corte de 50 pb). As curvas de juros futuros devem ser afetadas por essa decisão do Copom (metade do mercado apostava em queda de 75 pb na reunião de ontem), com queda nos vencimentos mais curtos e aumento da inclinação. No Brasil saiu o dado do IPC-S da 1ª semana, que surpreendeu para cima, subindo 0,41% contra expectativa de 0,30% (isso também deve ajudar no aumento da inclinação). Em relação à bolsa, hoje deve ser um dia de alta, reagindo à queda na taxa de juros e ao maior otimismo no exterior. No mercado de câmbio, o Real deve se desvalorizar hoje, com a queda do diferencial de juros.

Fonte: SulAmérica Investimentos

quarta-feira, 7 de março de 2012

Hoje na Economia 07/03/2012


Hoje os mercados financeiros parecem mais otimistas, esperando notícias boas vindas dos EUA para quebrar os dias seguidos de queda nas bolsas que têm ocorrido.



A grande fonte de incerteza no mundo hoje é a questão da adesão dos detentores privados de títulos gregos no PSI, o programa de reestruturação da dívida grega. Até agora as notícias indicam que detentores de apenas 20% dos títulos aderiram ao programa. O governo grego disse que utilizaria as CACs (cláusulas de ações coletivas), introduzidas retroativamente recentemente, para forçar a reestruturação caso a adesão ficasse abaixo de 75% (porém ultrapasse o critério das CACs).



As bolsas asiáticas fecharam em baixa, ainda reagindo a essa notícia e também ao dado pior que esperado de PIB australiano no 4º trimestre. O índice MSCI Ásia Pacífico caiu 0,9% hoje.



Na Europa, as bolsas operam em alta, na expectativa de notícias melhores vindas dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,38%, com alta de 0,24% em Londres e 0,33% na Alemanha. O dado alemão de encomendas à indústria em janeiro foi bem pior que o esperado, com queda de -2,7% M/M contra expectativa de +0,6% M/M. Esse dado pode vir a mudar o humor dos mercados de ações, já tendo certo impacto sobre o mercado de commodities, em especial metálicas.



Nos EUA os futuros das bolsas estão operando em alta, com o Dow Jones subindo 0,41% e o S&P500 subindo 0,47%. Hoje será divulgado o dado de criação de empregos no setor privado (ADP). A expectativa de melhora nesse dado, com mediana de projeções de 215 mil empregos, contra 170 mil no mês anterior, ajuda a suportar a alta nas bolsas no dia de hoje.



O ambiente de menor aversão ao risco hoje faz o dólar perder valor contra outras moedas (índice DXY caindo 0,22%). O euro se valoriza contra a moeda americana, 0,22%, cotado a US$/€ 1,3140. O iene também se valoriza, 0,21%, cotado a ¥/US$ 80,72. As commodities, por sua vez, têm alta, em especial o petróleo, com o preço do WTI subindo 0,71%, para US$ 105,44/barril. Algumas commodities metálicas, que abriram em alta, já começam a ser afetadas pelo dado pior que esperado de encomendas à indústria na Alemanha.



No Brasil, já saiu o dado do IGP-DI de fevereiro, que mostrou alta de 0,07%, ligeiramente acima da mediana de expectativas, de 0,02%. Hoje ainda vai sair o dado de produção industrial de janeiro, para o qual a expectativa é de queda na margem, de -0,8% M/M. No final do dia sairá a decisão do Copom em relação à taxa Selic, com o mercado estando dividido entre queda de 50 pb e 75 pb, com maior chance de 50 pb. Em relação à bolsa hoje, ela pode ter recuperação caso o dado americano não decepcione. No mercado de câmbio, o Real deve ter leve valorização contra o dólar, acompanhando o movimento de menor aversão ao risco. O mercado de juros futuros deve se concentrar em apostas em relação à decisão de hoje do Copom.

Fonte: SulAmérica Investimentos

terça-feira, 6 de março de 2012

Hoje na Economia 06/03/2012


Mercados financeiros hoje seguem com tom pessimista já visto ontem, agora com maiores preocupações em relação à Europa.



Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, ainda reagindo à decisão do partido comunista chinês de ter meta de crescimento do PIB menor esse ano e reagindo também ao dado americano ontem de encomendas à indústria, que teve queda. O índice MSCI Ásia Pacífico caiu 1,2%, com destaque para a queda em Xangai (-1,4%) e em Hong Kong (-2,2%).



Na Europa, todas as bolsas estão em queda, com o índice pan-europeu Stoxx600 recuando 1,33%. O dado do PIB do 4º trimestre da Zona do Euro confirmou a prévia divulgada em meados de fevereiro e mostrou redução de 0,3% na comparação T/T, com queda em quase todos os componentes de demanda (consumo das famílias e do governo, investimento, exportações).



Investidores começam a ficar preocupados com o andamento do PSI, a participação do setor privado na reestruturação da dívida pública grega. O PSI, que se iniciou na semana passada, vai até o dia 08 de março e até agora os investidores que aderiram detém apenas 20% dos títulos públicos gregos nas mãos de agentes privados. A participação mínima para que o PSI ocorra é de 75% dos títulos. Há uma grande incerteza em relação ao que pode ocorrer com a Grécia, com o CDS dos títulos gregos e com os mercados financeiros em geral caso a participação seja menor que a mínima, o que faz o investidor ficar preocupado com o risco hoje.



Nos EUA os futuros das bolsas estão operando em queda, com o índice S&P500 caindo 0,82% e o Dow Jones caindo 0,74%. Hoje não será divulgado nenhum dado econômico, porém ocorrerá um evento político chamado de “super-terça”, relacionado à escolha do candidato republicano para concorrer à presidência do país.



O ambiente de maior aversão ao risco faz o dólar se valorizar hoje, com o índice DXY subindo 0,47%. O iene também se beneficia desse ambiente, valorizando-se 0,76% (¥/US$ 80,92), enquanto o euro se deprecia contra o dólar com as especulações sobre Grécia, caindo 0,64% contra a moeda americana e sendo cotado a US$/€ 1,3132. As commodities seguem em queda, com o índice geral de commodities recuando 1,0% e o preço do petróleo WTI diminuindo para US$ 106,2/barril (-0,52%).


No Brasil, hoje será divulgado o PIB do 4º trimestre, para o qual a expectativa é de crescimento de 0,2% T/T, fazendo o PIB de 2011 ter crescimento de 2,8%. Também sairão os dados da Anfavea de indústria automobilística de fevereiro, que devem vir ruins. A maior aversão ao risco nos mercados internacionais e a falta de boas notícias devem fazer as bolsas de ações brasileiras caírem e o Real se depreciar. Os juros futuros, por outro lado, podem ter mais um dia de queda.

Fonte: SulAmérica Investimentos

segunda-feira, 5 de março de 2012

Hoje na Economia 05/03/2012


Mercados financeiros mundiais começam o dia em baixa hoje, após notícias vindas da Ásia. Na Ásia, as bolsas caíram, com o índice MSCI Ásia Pacífico recuando 1,0%. Na China houve o congresso do partido comunista chinês, que determinou a menor meta de crescimento para o PIB do país desde 2005 (7,5% em 2012). Desde 2005 a China havia estabelecido a meta de crescimento de 8,0% para o PIB a cada ano. Essa é uma “meta leve” (ela foi sempre superada nos anos anteriores, o PIB cresceu 9,2% em 2011, por exemplo) servindo mais como sinal das autoridades chinesas de que o crescimento por si só não é mais objetivo e que as autoridades agora querem mirar também a qualidade desse crescimento.



De qualquer forma, essa notícia vinda da China serviu para fazer os preços de commodities internacionais caírem. O índice geral de commodities recua 0,5%, com as commodities metálicas caindo 0,9% e o preço do petróleo WTI recuando para US$ 105,84/barril (queda de 0,8%).



Na Europa, as bolsas em sua maioria estão em queda, com o índice pan-europeu Stoxx600 caindo 0,7%. Parte dessa queda pode ser atribuída à notícia de menor meta de crescimento da China, porém parte vem também de dados europeus. Os PMIs de serviços e composto da Zona do Euro em fevereiro foram revistos para baixo, ficando ainda mais abaixo da linha que separa expansão de contração. O índice Sentix de confiança do investidor em março surpreendeu negativamente, vindo em -8,2 contra expectativa de -5,0. Houve uma notícia positiva das vendas no varejo em janeiro, que subiram 0,3% M/M contra expectativa de queda de -0,1% M/M, porém como esse dado é de um período anterior ele teve menor impacto. A única bolsa europeia que opera em alta agora é a da Rússia (subindo 1,2%), com a notícia de que o primeiro ministro Putin venceu as eleições para presidente que ocorreram nesse final de semana. O euro está estável diante do dólar, cotado a US$ 1,3196.



Nos EUA os futuros das bolsas estão operando em queda, com o índice S&P500 caindo 0,42% e o Dow Jones caindo 0,32%. O dólar hoje está estável contra as outras moedas, com o índice DXY tendo variação de zero. Hoje sairão os dados do ISM composto não manufatura de fevereiro e das encomendas à indústria em janeiro. É esperado que o ISM composto tenha leve queda, porém permaneça consideravelmente acima do patamar que divide contração de expansão. As encomendas à indústria, por sua vez, devem ter queda, devido à queda nas encomendas de bens duráveis, já divulgadas.


No Brasil, hoje sairá apenas o resultado da pesquisa Focus de expectativas e a balança comercial semanal. As bolsas brasileiras hoje devem ter queda, em especial as ações relacionadas às commodities, seguindo o noticiário vindo da China. O Real também deve se desvalorizar diante do dólar, com a piora dos termos de troca. Hoje pode ser um dia de queda em relação aos juros futuros, devido ao cenário de menor inflação mundial, além de especulações de queda maior de juros na reunião do COPOM dessa semana.

Fonte: SulAmérica Investimentos

sexta-feira, 2 de março de 2012

Hoje na Economia 02/03/2012


Mercados mundiais operam próximas da estabilidade, em dia de poucos dados a serem divulgados e com poucas notícias.



Na Ásia, os mercados seguiram seu rally de 10 semanas, com as bolsas fechando em alta (MSCI Ásia Pacífico subindo 0,2%) devido aos dados bons de pedidos de seguro desemprego nos EUA ontem e com especulações de que o governo chinês pode adotar novas medidas de estímulo para a economia no congresso do partido comunista chinês, que ocorre nesse final de semana.



Na Europa, as bolsas abriram em alta, porém alguns dados mudaram levemente essa tendência. Algumas notícias boas ajudavam as bolsas no começo da manhã, como as decisões tomadas na reunião dos líderes europeus (antecipação de pagamento de capital do fundo permanente de estabilidade e medidas iniciais para liberação de fundos para Grécia) e dados melhores que o esperado de PIB e déficit público na Itália. Entretanto, com a divulgação das vendas no varejo na Alemanha em janeiro (que caíram 1,6% M/M, contra expectativa de alta de 0,5% M/M) os mercados ficaram ligeiramente mais pessimistas, com a bolsa alemã e britânica tendo ligeira queda (0,11% e 0,07%, respectivamente). As outras bolsas europeias seguem em alta, com o índice pan-europeu Stoxx600 subindo 0,22%.



Nos EUA hoje o dia é de poucas notícias, com nenhum dado importante para sair. Os futuros das bolsas americanas operam em queda de 0,12% no caso do Dow Jones e de 0,20% para o S&P 500. Hoje o dólar está se valorizando contra outros ativos, ganhando 0,5% contra o euro (cotado a US$/€ 1,3255) e 0,4% contra a cesta de moedas (índice DXY).



Os preços das commodities internacionais têm queda no dia de hoje, sendo ajudados nisso pela valorização do dólar. O petróleo, que subiu muito ontem, está com queda de 0,62% no preço do barril tipo WTI, cotado a US$ 108. O índice geral de commodities está caindo 0,3%, com destaque indo para as commodities de energia (em especial petróleo) e para metais preciosos (ouro, prata).


No Brasil o dia de hoje não contém nenhum dado econômico para ser divulgado. Devido a isso, a bolsa deve seguir o movimento dado no exterior, devendo ficar próxima da estabilidade. O Real pode se desvalorizar um pouco contra o dólar hoje, ainda sentindo os efeitos de medidas de intervenção sobre o mercado (IOF ontem) além da possibilidade de ocorrerem mais medidas. A valorização internacional do dólar também ajuda na depreciação do Real hoje. No mercado de juros, sem muitas notícias novas e com queda nos preços de commodities, hoje pode ser um dia de queda na maioria dos vencimentos, com cenário internacional menos inflacionário.

Fonte: SulAmérica Investimentos

quinta-feira, 1 de março de 2012

Hoje na Economia 01/03/2012


As decisões dos investidores, ao longo do dia de hoje, estão sendo conduzidas pelos diversos indicadores econômicos que estão sendo divulgados em diversos cantos do mundo. Na China, foi divulgado o PM indústria de fevereiro (51,0 pts contra 50,9 do consenso), mostrando que a atividade prossegue se expandindo moderadamente, em linha com observado nos últimos meses. Esse dado não motivou os investidores chineses: bolsa de Xangai fechou com queda de 0,10%.



Na Europa, esses mesmos indicadores reforçaram o quadro de recessão moderada, ao mesmo tempo em que os indicadores de inflação vieram em linha com o estimado pelo mercado (2,7%). No mercado de ações, o índice STOXX600 apresenta alta de 0,39% neste momento, sendo que Londres sobe 0,48%, enquanto Paris e Frankfurt registram ganhos de 0,28% e 0,46% respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3326/€, com discretas oscilações.



Os futuros das principais bolsas americanas operam com discretas altas, aguardando a divulgação de importantes indicadores ao longo do dia. Será conhecido o ISM-manufatura de fevereiro, que deverá registrar 54,5 pontos segundo o consenso, mantendo a trajetória de expansão do setor industrial americano. Serão conhecidos também a renda pessoal e gastos pessoais, referentes a janeiro. Ambos deverão mostrar variação de 0,4% no mês. Serão divulgados os novos pedidos de seguro desemprego, que deverão totalizar 355 mil pedidos na semana, com alta de 4 mil pedidos em relação à semana passada. Neste momento, os índices futuros do S&P e D&J operam com ganhos de 0,08% e 0,13%, respectivamente.



Em Tókio, o índice Nikkei fechou em ligeira queda de 0,16%, motivada basicamente pela esboçada reação do iene, que voltou a se valorizar ante as principais moedas, afetando os papéis sensíveis ao câmbio, como Toyota Motor e JFE Holding.



A cotação do petróleo tipo WTI mostra certa estabilidade nesta manhã, sendo negociado a US$ 107,28/barril. No mercado de commodities, o índice geral registra alta de 0,17% refletindo o bom desempenho dos metais, uma vez que agrícolas opera no vermelho.


A safra de indicadores a ser conhecida ao longo do dia deve reforçar a percepção de que a recuperação da economia mundial prossegue, ainda que em ritmo lento, estimulando a busca por ativos de risco. Nesse sentido, o Ibovespa poderá registrar ganhos, recuperando-se ante a queda de ontem. No mercado de câmbio, mais um dia que promete dar trabalho ao Banco Central para sustentar o valor do dólar acima de R$ 1,70. O governo estendeu o IOF de 6% incidente sobre empréstimos externos para o prazo de 3 anos (antes era até 2 anos). Especulações sobre novas medidas para coibir o ingresso de divisas (fala-se em taxar a entrada de IDE) devem manter o investidor cauteloso nesse mercado. No mercado de juros, sem uma agenda específica, não se espera por grandes oscilações no dia de hoje.

Fonte: SulAmérica Investimentos