quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hoje na Economia 20/10/2011


Mercados operam em queda, nesta manhã. A discordância entre os principais dirigentes europeus sobre o papel do banco central (BCE) na solução da crise européia alimenta o ceticismo quanto às chances de se chegar a algum consenso que aponte para uma saída do imbróglio europeu na reunião deste final de semana.

Mercados amanheceram em um ambiente de aversão ao risco. As bolsas da Europa abriram em queda generalizada. O índice STOXX600 recua 0,51% nesta manhã, enquanto Londres cai 0,55%, Paris e Frankfurt recuam 82% e 0,47%, respectivamente. O euro abriu em queda, recuperando-se na última meia hora, sendo cotado a US$ 1,3820/€, com valorização de 0,40%.

Os futuros das principais bolsas americanas operam em direção contrária de seus pares europeus, registrando ganhos: S&P +0,40% e D&J +0,38%. Na agenda atenção para o indicador de atividade do Fed Filadélfia, considerado bom antecedente da atividade industrial americana, que deverá registrar -9,6 em outubro, mantendo-se ainda na região negativa indicativa de recessão, mas melhor do que observado no mês anterior (-17,5).

No Japão, bolsa de Tókio fechou em queda de 1,03% com temores sobre a crise européia, afetando os papeis das exportadoras. O iene é cotado a ¥76,76/$, operando relativamente estável. Na China, Shanghai apresentou queda de 1,94%, enquanto Hong Kong recuou 1,78%.

O petróleo para entrega futura, tipo WTI, é negociado a US$ 86,53/US$ nesta manhã, enquanto o índice geral de commodities mostra queda de 0,56% (metais -2,13% e agrícolas -0,44%).

Neste dia em que parece prevalecer certa aversão ao risco, derrubando os preços das principais commodities, o Ibovespa deverá ter muito pouco espaço para alguma recuperação. No mercado de câmbio, o dólar se beneficia da procura por ativos seguros, se valorizando frente às principais moedas. O real deve registrar depreciação ante a moeda americana no dia de hoje. No mercado de juros, após a decisão do Copom ontem, que cortou a Selic em 0,50pp como esperado pelo mercado, a curva deve se adequar a continuidade do afrouxamento monetário em ritmo moderado. Pelo menos mais dois cortes de 0,50 pp cada são esperados. Na agenda, a divulgação do IPCA-15 de outubro. A prévia da inflação oficial deverá mostrar alta de 0,45% segundo o consenso do mercado, perdendo força ante a variação de 0,53% observada em setembro.

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