Semana começa com leilões de títulos da dívida de alguns países europeus, o que está sendo
considerado como um bom teste para se conhecer como os investidores receberam o pacto
fiscal fechado por 26 países da União Europeia, na semana passada. Hoje Itália e França
vendem cerca de € 13,5 bilhões em papéis de curto prazo. Amanhã, será a vez de Espanha,
Bélgica e Grécia. Atenção também à reação das agências de rating. Expectativa quanto ao
cumprimento (ou não) da ameaça da Standard and Poor’s de rebaixamento coletivo das notas
dos países da zona do euro. A Moodys declarou que as medidas anunciadas na semana passada
são insuficientes para reduzir os riscos da região.
Nesse ambiente, a aversão ao risco prevalece nesta manhã. O dólar avança frente as principais
moedas (dólar índex: +0,59%). O euro é negociado a US$ 1,3275/€, com queda de 0,83%,
nesta manhã. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 recua 1,08%, enquanto
Londres cai 0,75%, França -1,54% e Alemanha -1,73%. Os futuros dos índices S&P e D&J
acompanham o mercado europeu, operando em baixa neste momento: -0,81% e -0,68%,
respectivamente.
Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific subiu 0,7%, após ter subido 1,7% durante o pregão. Fracos
resultados apurados pela balança comercial chinesa, resultante do arrefecimento das
exportações, que registraram o menor crescimento desde 2009, azedaram o humor dos
investidores. Mesmo especulações sobre novas rodadas de redução do compulsório bancário
chinês não animaram os investidores. A bolsa de Shanghai fechou em queda de 1,02%. Em
Tókio, o índice Nikkei apurou alta de 1,37%,
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 98,37/barril, com queda de
1,06%. As commodities também operam em baixa: metálicas -2,10% e agrícolas -0,18%.
Neste dia de menor apetite ao risco, com investidores buscando refúgio em ativos denominados
em dólar, o real deverá perder valor ante a moeda americana. No mercado de ações, o
Ibovespa deverá acompanhar os seus pares internacionais, podendo devolver partes dos
ganhos da última sexta-feira. No mercado de juros futuros, os vértices mais curtos já
consolidaram apostas em ajustes moderados da Selic, enquanto os longos oscilarão de acordo
com o humor externo.
Fonte: SulAmérica Investimentos
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