quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Hoje na Economia 01/12/2011


Após a euforia de ontem, mercados operam na defensiva, de olho nos leilões de títulos que Espanha e França promovem logo mais. Por outro lado, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reforçou o caráter limitado do programa de compra de bônus do BCE, afastando possibilidades de ações mais incisivas neste mercado. Na China, os dados divulgados nesta noite confirmaram que a atividade industrial se contraiu no último mês, levando o governo chinês a começar a priorizar a sustentação do crescimento em detrimento do risco inflação. O corte do compulsório bancário ocorrido ontem corrobora essa hipótese.
Na Europa, espaço para alguma realização de lucros após os ganhos de ontem. O índice de ações pan-europeu STOXX600 registra queda de 0,10% nesta manhã. Em Londres, a bolsa local sobe 0,32%, enquanto França e Alemanha registram quedas de -0,15% e -0,27%, respectivamente, com sinais de passar a operar no azul nas próximas horas. O euro é negociado a US$ 1,3501/€, com valorização de 0,42%. Ante a moeda japonesa, é cotado a ¥ 104,90/€ (-0,49%).
Os futuros dos índices S&P e D&J também operam em queda: -0,43% e -0,24%, respectivamente. O destaque na agenda econômica será a divulgação do ISM-manufatura de novembro, que deverá registrar 51,8 pontos (50,8 pts em outubro) de acordo com o consenso do mercado. Essa expansão do setor industrial no período reflete movimentos de recomposição de estoques na economia, resultando em ampliação do emprego no setor, permitindo acreditar que a economia americana registrará bom desempenho no último trimestre deste ano.
Na China, pesou mais a determinação do governo local em reagir rapidamente aos efeitos recessivos da crise internacional do que os números do PMI de novembro que indicaram retração da atividade industrial chinesa no mês. A bolsa de Shanghai se valorizou 2,29% no pregão de hoje. Em Tókio, o Nikkei apurou ganho de 1,93%.
No mercado de commodities o quadro não é uniforme. Petróleo opera em alta (+0,36% para o WTI, cotado a US$ 100,73/b), enquanto commodities metálicas recuam 0,36% e agrícolas sobem 0,18%.
A decisão do Copom de ontem (reduziu a Selic para 11%) e o anúncio de medidas de estímulo ao crédito devem reforçar a estratégia de novos cortes moderados nos próximos encontros. Esse cenário deverá resultar em ajustes nos vencimentos mais curtos, por conta de apostas em cortes mais agudos que não se verificaram. Na Bolsa, espaço para realização de lucros. No entanto, boas notícias sobre a economia americana podem levar o Ibovespa a fechar em alta no dia de hoje. No mercado de câmbio, a queda do dólar diante das principais moedas nesta manhã prenuncia mais um dia de apreciação do real.
Fonte: SulAmérica Investimentos

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