sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Hoje na Economia 06/01/2012


Sem perder de vista os riscos decorrentes da crise europeia, os investidores voltam os olhos para os Estados Unidos, onde indicadores recentes têm reforçado o cenário de recuperação americana, mitigando os efeitos recessivos da crise europeia sobre a economia global. Hoje, o foco é a payroll, que deve mostrar a criação de 150 mil postos de trabalho em dezembro (120 mil em novembro). Ontem a ADP informou que no último mês do ano o setor privado criou 325 mil empregos. Isso serviu de estímulo a especulações de que a payroll virá com números acima do consenso do mercado. Apesar dessas boas expectativas, os futuros dos índices S&P e D&J operam na defensiva nesta manhã, flutuando em torno da estabilidade.
Na Europa, as atenções também estão voltadas para os EUA, a espera dos números sobre o mercado de trabalho. Bolsas de valores operam no azul. O índice STOXX600 registra valorização de 0,32%. Em Londres o índice FT-100 sobe 0,22%, na França o CAC-40 registra ganhos de 0,61% e na Alemanha, o DAX-30 avança 0,42%. O euro é negociado a US$ 1,2806/€, com ligeira valorização ante a moeda americana.
No Japão, o índice Nikkei fechou o pregão com queda de 1,16%. A fraqueza do euro ante a moeda japonesa levou os investidores a se desfazerem dos papéis de empresas que tem a zona do euro como principal mercado para seus produtos. Na China, o índice Shanghai Composite subiu 0,70%, estimulado por boatos sobre iminente redução do compulsório bancário chinês.
Mercados de commodities também se beneficiam do bom humor vigente nesta manhã. O petróleo tipo WTI registra valorização de 0,51%, negociado a US$ 102,22/barril. O índice geral de commodities sobe 0,48%, sendo +0,33% para metais e +0,80% para agrícolas.
Na ausência de fatos negativos oriundos da zona do euro, o mercado de ações brasileiro poderá se recuperar ante as perdas de ontem, surfando o otimismo resultante dos bons indicadores econômicos americanos. No mercado de câmbio, neste dia em que prevalece uma maior disposição ao risco, o dólar pode perder valor frente ao real, seguindo o comportamento que apresenta frente às principais moedas nesta manhã. No mercado de juros, será conhecido logo mais o IPCA de dezembro, que segundo o consenso do mercado deverá registrar inflação de 0,55%, fechando 2011 com alta de 6,56%. O quadro de inflação pressionada associado a sinais de recuperação da atividade econômica deve manter a curva de juros futuros pressionada em todos os seus vencimentos.
Fonte: SulAmérica Investimentos

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