quinta-feira, 8 de março de 2012

Hoje na Economia 08/03/2012


Mercados financeiros seguem otimistas hoje, com notícias boas em quase todos os grandes centros.



A participação dos investidores privados na reestruturação da dívida grega já chega próxima de 60%, diminuindo a preocupação com um evento de estresse nos mercados financeiros. Hoje é a data final para a adesão desses participantes, com muitos analistas esperando que a participação chegue a 80%.



Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o MSCI Ásia Pacífico subindo 1,4%. O dado do PIB japonês do 4º trimestre foi revisto para cima, de queda de -2,3% T/T anualizado para queda de -0,7%.



Na Europa, as bolsas operam em alta, aguardando uma resolução melhor para a questão do PSI na Grécia. O índice pan-europeu Stoxx600 sobe 1,43% pela manhã, com destaque para a bolsa da Alemanha (+2,05%). O Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra se reúnem hoje, e a expectativa é de manutenção das taxas de juros e nenhum anúncio sobre novos programas. O BCE deve ficar em modo de aguardo agora, esperando para ver se as medidas adotadas até agora estão surtindo efeito antes de realizar novas.



Nos EUA os futuros das bolsas também estão em alta, com o índice Dow Jones subindo 0,80% e o S&P500 0,92%. Os dados de ontem de criação de empregos privados em fevereiro e de crédito em dezembro ajudaram a sedimentar o otimismo no mercado. Hoje devem sair dados sobre pedidos semanais de seguro desemprego, para os quais é esperada manutenção em patamar baixo.



O ambiente de menor aversão ao risco hoje faz o dólar perder valor contra outras moedas (índice DXY caindo 0,43%). O euro se valoriza contra a moeda americana, 0,58%, cotado a US$/€ 1,3225, sendo ajudado pela melhor expectativa em relação ao PSI. O iene se desvaloriza, -0,56%, cotado a ¥/US$ 81,55. Os preços de commodities seguem em alta, com o índice geral subindo 0,8%.



No Brasil, ontem o Copom se reuniu e decidiu reduzir a taxa Selic em 75 pb, para 9,75%. Houve uma aceleração no ritmo de corte (era de 50 pb nas reuniões anteriores, desde agosto), que não foi justificada no comunicado, que foi bem lacônico e que mostrou dissidência na votação (dois membros do Copom votaram por corte de 50 pb). As curvas de juros futuros devem ser afetadas por essa decisão do Copom (metade do mercado apostava em queda de 75 pb na reunião de ontem), com queda nos vencimentos mais curtos e aumento da inclinação. No Brasil saiu o dado do IPC-S da 1ª semana, que surpreendeu para cima, subindo 0,41% contra expectativa de 0,30% (isso também deve ajudar no aumento da inclinação). Em relação à bolsa, hoje deve ser um dia de alta, reagindo à queda na taxa de juros e ao maior otimismo no exterior. No mercado de câmbio, o Real deve se desvalorizar hoje, com a queda do diferencial de juros.

Fonte: SulAmérica Investimentos

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