A
abertura dos mercados internacionais sugere um dia de preços de ativos de risco
em ligeira alta, uma vez que os principais índices de ações mundiais operam no
azul neste momento. A motivação vem do crescente fortalecimento da economia
americana e da elevada liquidez prevalecente nos mercados mundiais.
Na
Europa, o índice STOXX600 opera com discretas oscilações, como também o índice
FT-100 da bolsa londrina. Os mercados acionários de Paris e Frankfurt registram
ganhos de 0,07% e 0,15%, respectivamente. O euro é negociado a 1,3051 US$/€,
com valorização de 0,15% ante a cotação prevalecente na tarde de ontem.
À
semelhança dos mercados de ações europeus, os índices futuros das principais
bolsas norte-americanas operam em ligeira alta (S&P +0,14% e D&J +0,05%).
Na agenda, destaque para a divulgação da inflação ao produtor de fevereiro, que
segundo o consenso do mercado, deverá subir 0,5% no mês, acumulando alta de
3,3% em termos anuais (núcleo PPI: +0,2% MoM e 2,9% YoY). Serão conhecidos
também os números dos novos pedidos de seguro desemprego, que segundo o
consenso do mercado devem ter totalizado 357 mil pedidos, 5 mil a menos do que
na semana anterior. Em linha com o discurso do Fed: fortalecimento do mercado
de trabalho com inflação sob controle.
Sinais
de fortalecimento da economia americana reduzem as chances de um novo
quantitative easing, levando o dólar a se fortalecer frente às principais
moedas. O iene tem se beneficiado desse movimento, com a cotação atingindo ¥
83,69/USD, a mais elevada dos últimos 11 meses. A valorização do iene
impulsionou as ações das empresas exportadoras japonesas, levando o Nikkei a
registrar valorização de 0,72% no pregão de hoje. Na China, a bolsa de Shanghai
apurou perda de 0,73%, após saber que os investimentos estrangeiros diretos
caíram pelo terceiro mês consecutivo.
No
mercado de commodities, o índice geral sobe 0,18% (metal +0,18% e agrícola
+0,66%), enquanto o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 105,46/barril, operando
em torno da estabilidade.
Na
agenda doméstica, o principal evento para hoje é a divulgação da ata da reunião
do Copom da semana passada, que reduziu a Selic para 9,75%. Espera-se por
esclarecimentos sobre os motivos para aceleração do corte da Selic, que devem
focar na desaceleração inflacionária deste início de ano, além dos fracos
resultados apresentados pela atividade econômica recentemente. Para o Ibovespa,
o cenário externo aponta para um dia de recuperação, após o movimento de
realização de lucros observado no pregão de ontem. No mercado de câmbio, o
valor do dólar deve ficar flutuando em torno de R$ 1,80.
Fonte: SulAmérica Investimentos
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