quinta-feira, 22 de março de 2012

Hoje na Economia 22/03/2012


Desaceleração industrial na China e na Europa aumenta temores sobre a sustentabilidade da recuperação da economia mundial, afastando os investidores dos ativos de risco no dia de hoje. Bolsas, commodities e petróleo recuam nesta manhã, enquanto o dólar se valoriza frente às principais moedas.



Na China, o dado preliminar da atividade industrial (PMI) de março, divulgado pelo HSBC, mostrou que o setor manufatureiro continua perdendo força por conta das baixas encomendas externas, levando a redução do emprego no setor. Na Europa, índice semelhante marcou 47,7 pontos em março (consenso 49,5 pts), com inesperada desaceleração da atividade industrial da Alemanha e França, acirrando temores de aprofundamento da recessão na região.



A bolsa europeia (índice STOXX600) opera com perda de 1,30% neste momento, com destaque para quedas de 0,98%, 1,72% e 1,54%, paras as bolsas da Inglaterra, França e Alemanha. O euro encontra-se em queda (-0,42% neste momento), cotado a US$ 1,3162/€. O dólar ganha 0,20% frente às principais moedas.



Os futuros do S&P e D&J também operam em queda (-0,64% e -0,54%), respectivamente. Na agenda destaque para o indicador antecedente que deve ter subido 0,6% em fevereiro, sinalizando a continuidade do crescimento moderado da economia americana nos próximos meses. Os pedidos de seguro desemprego na semana passada devem ter diminuído em 1 mil pedidos, totalizando 351 mil, mantendo a trajetória de paulatino fortalecimento do mercado de trabalho americano.



No Japão, o índice Nikkei fechou com valorização de 0,40%, com o bom desempenho das exportações em fevereiro, que levou a balança comercial japonesa a registrar inesperado superávit no mês. Na China, a bolsa de Shanghai encerrou o pregão com queda de 0,10%.



No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 1,30% nesta manhã (US$ 105,89/barril), acusando os efeitos da ameaça da França de que os países avançados estão considerando liberar parte de suas reservas estratégicas para impedir maior alta do produto. As commodities em geral registram acentuada queda nesta manhã.



Sem uma agenda doméstica relevante, deve pesar sobre o mercado acionário brasileiro a desaceleração da economia chinesa, o que poderá impor nova perda para o Ibovespa no pregão de hoje. No mercado de câmbio, continua pesando nas decisões dos investidores a trajetória para a taxa pretendida pelo governo, que busca manter o valor do dólar acima de R$ 1,80. Portanto, a cautela prevalece nesse mercado. No mercado de juros futuros, hoje será divulgado o IPCA-15 de março, que deverá ficar em 0,38%, mostrando forte desaceleração em relação ao mês anterior (0,53%). Será conhecida também a taxa de desemprego de fevereiro (consenso 5,9%), refletindo um mercado de trabalho apertado. A balança deve pesar para a menor pressão inflacionária, que deverá refletir em estabilidade dos principais vértices da curva, com ligeiro viés de baixa.

Fonte: SulAmérica Investimentos

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