Ainda
sob o peso das notícias negativas sobre a China, indicando riscos crescentes de
desaceleração da segunda maior economia do mundo, mercados operam cautelosos
nesta manhã. Otimismo comedido é depositado nos novos dados sobre as vendas de
casa existentes nos Estados Unidos, que, segundo o consenso, deve ter
totalizado 4,61 milhões de unidades vendidas (+0,9% MoM) em fevereiro, em
termos anualizados. Se verificado, esse dado colocaria as vendas do setor no
maior patamar desde 2010, sinalizando que o mercado de residência começa a sair
da letargia que o caracterizou nos últimos anos. Na expectativa de mais um
sinal de fortalecimento da economia americana, os índices futuros das
principais bolsas americanas operam em alta, com S&P subindo 0,26% e
D&J +0,21%.
Na
Europa, o euro mostra valorização de 0,32% (US$ 1,3259/€), neste momento,
enquanto o dólar perde 0,21% antes as principais moedas. No mercado acionário,
o índice pan-europeu STOXX600 opera em discreta alta, enquanto o FT-100 de
Londres apura ganho de 0,16%, seguido CAC-40 de Paris (+0,35%) e do DAX-30 de
Frankfurt (+0,26%).
No
Japão, o índice Nikkei devolveu parte dos ganhos dos últimos dias, fechando o
pregão com queda de 0,55%. Fruto da preocupação dos investidores quanto aos
riscos de desaceleração da economia chinesa. O iene é negociado a ¥ 83,86/US$
(-0,18%), nesta manhã. Na China, a bolsa de Shanghai fechou estável, enquanto
Hong Kong registrou perda de 0,15%.
No
mercado de petróleo, o produto tipo WTI recupera-se ante as perdas de ontem,
voltando a ser cotado a US$ 106,64/barril, com alta de 0,54%. No mercado e
commodities, tanto o índice dos produtos agrícolas como o índice de metais
operam com discretas oscilações, nesta manhã.
O
Ibovespa poderá acompanhar as boas expectativas sinalizadas pelos futuros das
bolsas americanas para o dia de hoje, registrando recuperação ante a queda de
ontem. Mas a má performance das commodities e dúvidas quanto à recuperação da
economia chinesa poderão impedir um bom desempenho do mercado acionário
brasileiro. No mercado de câmbio, as últimas intervenções do BC deixaram a
percepção de que a autoridade busca firmar um piso para o dólar acima de R$
1,80. No mercado de juros futuros, foco da divulgação do IPCA-15 de março
(consenso 0,38%) amanhã, o que deve manter mercado na defensiva, resultando em
poucas oscilações para hoje.
Fonte: SulAmérica Investimentos
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