terça-feira, 8 de novembro de 2011

Hoje na Economia 08/11/2011


A crise européia se alastra. A França anunciou ontem um forte ajuste fiscal, envolvendo pesados cortes no orçamento, no intuito de firmar sua capacidade de continuar honrando a sua dívida. A Grécia continua mergulhada na crise política. E a Itália passa para o centro do palco. Hoje, se vota o orçamento de 2012, que poderá confirmar se o governo Berlusconi ainda detém a maioria no parlamento, condição necessária para impor um programa de austeridade fiscal que acalme os mercados. O risco país da Itália atingiu, ontem, patamares equivalentes ao de Portugal e Irlanda às vésperas de serem resgatados pela União Européia.
Enquanto aguarda os acontecimentos na Itália, o investidor europeu mostra-se relativamente otimista. O índice STOXX600 opera em alta de 1,30% nesta manhã. Na Inglaterra, a bolsa de Londres sobe 1,28%, enquanto em Paris e Frankfurt registram ganhos de 1,46% e 1,52%, respectivamente. O euro opera relativamente estável, tanto em relação ao dólar americano (cotado a US$ 1,3772/€) como em relação o iene (¥ 107,51/€). Os futuros das bolsas norte-americanas seguem seus pares europeus. O S&P opera com ganhos de 0,25%, enquanto D&J registra valorização de 0,32%, neste momento. Nos Estados Unidos, a agenda econômica é vazia.
Na Ásia, os mercados foram marcados por muita volatilidade. O índice Nikkei de Tókio fechou em queda de 1,27%. Na China, Shanghai, recuou 0,24%, enquanto Hong Kong fechou estável. Os mercados de commodities operam de olho nos dados de atividade econômica e inflação que serão divulgados na China nesta noite. O índice geral de commodities registra valorização de 0,47% nesta manhã, refletindo alta de 0,53% de metais e 0,20% de agrícolas. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 96,19/barril, com alta de 0,90%, neste momento.
A bolsa brasileira poderá acompanhar os mercados internacionais e a alta das commodities, devendo sustentar a trajetória de valorização observada nos últimos pregões. O real pode abrir se apreciando frente ao dólar americano, mas seu desempenho dependerá da evolução da percepção de risco ditada pela evolução dos fatos na Itália. Nos juros, a tendência é de queda diante do agravamento do quadro externo. Crescem apostas em um ajuste de 0,75 ponto percentual no próximo Copom, bem como em um ciclo mais prolongado de corte de juros, que levaria a Selic para 10% ao final do primeiro semestre de 2012.

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