sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Hoje na Economia 25/11/2011


Em mais um dia de liquidez reduzida, os investidores buscam porto seguro ante a falta de perspectivas quanto a uma solução para a crise financeira que envolve a zona do euro, a qual começa a extrapolar as fronteiras europeias, ameaçando empurrar a economia global para a recessão. Sem solução à vista, a crise começa a se espalhar, afetando de forma mais contundente as economias emergentes. Ontem a Hungria perdeu o grau de investimento, seguindo Portugal. O desmonte de posições em busca de ativos considerados seguros tem pressionado as moedas dos emergentes, como o Brasil, aonde o dólar chegou a ser negociado acima de R$ 1,90 ao longo do dia de ontem.
Em mais um dia de forte aversão ao risco, o dólar segue sua trajetória de valorização (dólar índex: +0,40% neste momento) ao lado do iene, que ganha 0,25% ante a moeda da zona do euro. Frente ao dólar, o euro é cotado a US$ 1,3270/€, com queda de 0,56%. Bolsas europeias operam em queda: STOXX600: -0,96%; Londres: -0,37%;França:-0,23% e Alemanha: -0,42%.
Os futuros dos índices S&P e D&J registram perdas de 0,54% e 0,55%, respectivamente, sinalizando que nesta Black Friday, ainda com liquidez diminuída, os mercados devem manter a tendência de queda dos últimos dias.
No Japão, a bolsa de Tókio fechou com ligeira queda (-0,06%). A caça as pechinchas, que chegou a dar alguma sustentação ao índice Nikkei ao longo do pregão, não resistiu ao mau humor provocado pelo agravamento da crise europeia. Na China, mercado de ações de Shanghai fechou com perda de 0,72%, enquanto Hong Kong registrou queda de 1,37%.
Mercados de commodities sofrem em mais um dia de elevada aversão ao risco. O índice geral registra queda de 0,95%, com destaque para o recuo de 1,61% registrado pelos metais neste momento. O petróleo, tipo WTI, perde 0,34% nesta manhã, negociado a US$ 95,85/barril.
Acompanhando a tendência ditada pelos mercados internacionais nesta manhã, a expectativa para o Ibovespa não é das melhores. Diante do ambiente de menor apetite ao risco, há grandes chances de se voltar a operar abaixo dos 55 mil pontos. O real deve se manter pressionado, em mais um dia em que os negócios favorecem a moeda americana. No mercado de juros futuros, os mercados devem desmontar as apostas, efetuadas no calor do agravamento da crise internacional, em um corte mais agressivo da Selic na reunião do Copom da próxima quarta-feira. Ontem à noite, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou que o agravamento da crise externa pede ajustes moderados dos juros domésticos.
Fonte: SulAmérica Investimentos

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