terça-feira, 1 de novembro de 2011

Hoje na Economia 01/11/2011


Há razões de sobra para o pessimismo no dia de hoje. Não bastasse a falta de detalhes sobre o plano de salvamento da zona do euro, além da indefinição que cerca a situação fiscal na Itália, o governo grego anunciou a realização de um referendo sobre o novo acordo de ajuda financeira à Grécia, além de ter solicitado um voto de confiança. O voto de confiança será apreciado nesta sexta-feira. O referendo, possivelmente, em janeiro.
Prevalece claro ambiente de aversão ao risco, nesta manhã. As bolsas européias operam em baixa: índice STOXX600 cai 2,62%; França:-3,18%; Londres: -2,07% e Alemanha: -3,49%. O euro devolveu os ganhos recentes, sendo negociado a US$ 1,3714/€, com desvalorização de 1,05% ante ao dólar, nesta manhã. O iene voltou a ganhar força ao longo do pregão de hoje, se valorizando 1,09% ante ao euro e mantendo-se relativamente estável ante à moeda americana, cotado a ¥78,16/$, neste momento.
Os futuros dos índices S&P e D&J acompanham seus pares europeus, operando no vermelho, registrando quedas de 1,47% e 0,92%, respectivamente. Na agenda norte-americana, expectativa para o ISM-Manufatura de outubro, que deverá registrar 52,0 pontos, segundo o consenso, indicando que a indústria americana segue evoluindo em ritmo lento. Evita-se a recessão, mas não se consolida um ambiente de firme retomada da atividade econômica.
Na China, foi divulgado o índice oficial de atividade PMI-CFLP, o qual recuou de 51,2 pts em setembro para 50,4 em outubro. Permanece acima do ponto crítico (50 pts, abaixo do qual indica retração), reforçando o cenário de lenta desaceleração da economia chinesa. O índice de Shanghai fechou em torno da estabilidade, enquanto a bolsa de Hong Kong caiu 2,49%, sob os efeitos das incertezas que cercam o cenário europeu. Da mesma forma, a bolsa de Tókio fechou em queda de 1,70%.
Em razão dos fracos dados sobre atividade na China, as commodities recuam no dia de hoje. O índice geral recua 1,82% neste momento, enquanto metais perdem 2,98% e agrícolas caem 1,21%, nesta manhã. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 91,10/barril, com perda de 2,27%, neste momento.
Indefinições na Europa, desaceleração econômica na China e queda nos preços das commodities se constituem em combinação desfavorável ao Ibovespa, que deverá acompanhar o mercado internacional em sua tendência de baixa. Um ISM surpreendentemente positivo nos EUA poderá reverter esse quadro. No mercado de câmbio, o dólar mostra força, dado a busca por refúgio seguro nesta manhã. Sinal de provável depreciação do real ante a moeda americana. No mercado de juros futuros, as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterando que ajustes moderados na taxa básica de juros são compatíveis com Selic em 4,5% em 2012, devem consolidar a atual estrutura a termo de taxas de juros.

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