sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Hoje na Economia 04/11/2011


Mercados mostram-se cautelosos nesta manhã. Ainda surfando o otimismo decorrente da suspensão do referendo na Grécia e o surpreendente corte de juros promovido pelo banco central europeu (BCE), investidores percebem ainda um horizonte carregado de incertezas. Hoje o governo grego será submetido a um voto de confiança. Poderá perder, levando o país a novas eleições e, provavelmente, a um novo governo, adicionando mais dúvidas em um quadro já instável.
Na Europa, o índice STOXX600 mostra-se muito volátil. Neste momento, sobe 0,38%. Na Inglaterra, o índice FTSE-100 sobe 0,78%, enquanto o CAC40 francês registra alta 0,67% e o DAX de Frankfurt sobe 0,20%. O euro é negociado a US$ 1,3852/€, com alta de 0,19% ante ao dólar.
Os futuros dos índices americanos S&P e D&J acompanham o quadro de incerteza prevalecente, registrando fracas oscilações. Nesta manhã, será divulgada a folha de pagamento de outubro, que deverá registrar a criação líquida de 95 mil vagas no mês (103 mil em setembro), refletindo a fraqueza do mercado de trabalho americano. Esse dado, no entanto, foi atenuado pelas declarações de Ben Bernanke, nesta semana, assegurando que o Fed pode lançar mão do QE3, caso sejam necessários novos estímulos à combalida economia americana.
Acompanhando as bolsas globais, o mercado acionário de Tókio fechou em alta de 1,86%, na euforia causada pelo cancelamento do referendo grego sobre o plano de resgate da zona do euro. Mas resultados fracos pelo lado corporativo limitaram o otimismo dos investidores, freando a valorização da bolsa local. Na China, a bolsa de Shanghai subiu 0,81%, enquanto Hong Kong valorizou 3,12%.
No mercado de commodities, o índice geral registra alta de 0,67% nesta manhã, sendo que as commodities metálicas sobem 0,94% e as agrícolas 0,38%. O petróleo tipo WTI registra alta de 0,78%, negociado a US$ 94,80/barril.
Nesta manhã, em que prevalece um quadro de incertezas alimentado pela evolução dos fatos políticos na Grécia, o mercado de ações brasileiro deve acompanhar a volatilidade ditada pelos eventos externos. No mercado de câmbio, o real poderá se apreciar ante ao dólar na medida em que reduza o grau de incerteza externa. No mercado de juros futuros, enquanto se aguarda por definições mais claras sobre o ambiente internacional, prevalece o que já está precificado, ou seja, mais dois cortes na taxa básica de juros até o começo de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário