quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Hoje na Economia 17/11/2011


Mercados operam cautelosos na Europa à espera dos leilões de títulos soberanos da França (€ 8,2 bilhões) e da Espanha (€ 4,0 bilhões), que ocorrem nesta manhã. A formação de governos tecnocratas na Grécia e Itália não foi suficiente para acalmar os investidores. A crise avança em ritmo mais rápido do que a capacidade dos políticos de encontrarem uma solução. Países considerados sólidos entram na mira dos investidores, fragilizando bancos que ameaçam a estabilidade de economias do outro lado do Atlântico.
Nesta manhã, o índice pan-europeu STOXX600 recua 0,95%, enquanto em Londres o índice FTSE-100 se desvaloriza 1,04%. Na França, o CAC40 perde 1,22% e o DAX, na Alemanha, recua 0,87%. O euro é negociado a US$ 1,3460/€, apresentando ligeira desvalorização ante a moeda americana. Os futuros das bolsas americanas, após um período operando na contramão, não mostram tendência definida, neste momento. Os índices S&P e D&J oscilam em torno da estabilidade. Na agenda americana, destaque para as palestras que Sandra Pianalto, do Fed de Cleveland, e Willian Dudley, do Fed de Nova York, os quais, em lugares distintos, falarão sobre as perspectivas para a economia americana.
Na Japão, o índice Nikkei fechou com ligeira alta (+0,19%), com investidores mais aliviados com as notícias provenientes da Itália e Grécia. Na China, a bolsa de Shanghai recuou 0,16%, reflexo das declarações oficiais de que os fundamentos para a estabilização da inflação ainda estão distantes de serem considerados sólidos. Essa declaração, presente no relatório de política monetária do 3º trimestre, afastou as chances de relaxamento da política monetária a curto prazo.
No mercado de commodities, o índice geral recua 0,68% nesta manhã, refletindo a forte queda nas cotações dos metais (-1,46%) e dos produtos agrícolas (-0,41%). No mercado de óleo, o petróleo tipo WTI encontra-se estável nesta manhã, sendo negociado a US$ 102,51/barril, nível não observado desde julho passado.
O Ibovespa deve abrir em baixa, acompanhando a tendência ditada pelos principais mercados. No mercado de câmbio, o real pode se recuperar, mostrando alguma apreciação, uma vez que o dólar mostra tendência indefinida frente às principais moedas, nesta manhã. No mercado de juros, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a reiterar o ritmo moderado do atual ciclo de afrouxamento monetário. Investidores abandonam aposta em corte mais agressivo na reunião do Copom deste mês. Os vértices longos devem flutuar ao sabor do quadro externo.

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