sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Braskem mantém investimentos e cogita compras


No longo prazo empresa admite que pode haver alterações nos planos, mas aporte de R$ 1,6 bilhão em 2011 será mantido.
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Carolina Pereira
cpereira@brasileconomico.com.br
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A petroquímica Braskem não irá rever os investimentos para este ano, que irão totalizar R$ 1,6 bilhão, por conta da crise internacional, de acordo com o presidente, Carlos Fadigas. A companhia, no entanto, não descarta mudar os planos caso a situação econômica global piore. "A curto prazo vamos seguir com os projetos. Ao longo dos anos pode haver alguma alteração. “Antes de cada decisão vamos parar e analisar o cenário", diz. Mesmo assim, Fadigas afirma que a empresa continua a t e n t a  a  o p o r t u n i da d e s  d e construção de novas fábricas ou aquisições nos Estados Unidos, como aconteceu ao final do mês passado,  quando a companhia comprou duas fábricas produtoras de polipropileno da americana Dow Chemical no país e mais duas na Alemanha, por US$ 323 milhões. O negócio elevou a capacidade de produção do  polipropileno da Braskem em 50%, para 1,425 milhão de toneladas por ano. O valor ainda não foi pago e os ativos continuam sendo administrados pela Dow até setembro ou outubro, quando o pagamento será efetuado. Para a líder de pesquisa do setor químico da Frost & Sullivan, Alessandra Lancellotti, a tendência mundial da área é a criação de grandes grupos com escalas cada vez maiores, como tem feito a Braskem. A especialista não acredita que a empresa freie os investimentos a longo prazo, mesmo com a crise. “A  companhia deve analisar os investimentos com mais critérios, mas estão bastante agressivos na internacionalização, não devem mudar a postura”, afirma. E mesmo de olho em novas oportunidades externas, dentro da companhia a meta é cortar custos operacionais. Durante cerca de dois meses a empresa fez um mapeamento dos gastos com a ajuda de uma consultoria e a conclusão foi que será possível diminuir os custos em cerca de R$ 120 milhões e ganhar R$ 377 milhões em sinergias com empresas compradas, totalizando economia de aproximadamente R$ 500 milhões. Segundo Fadigas, o movimento é rotineiro em uma grande empresa e deve acontecer de dois em dois anos. O objetivo não é diminuir gastos voltados para o negócio, e sim custos com transporte, viagem, manutenção e outros itens do dia a dia da operação.
 Crédito
 Nesta semana a Braskem assinou a contratação de uma linha de crédito “stand by" no valor de US$ 250 milhões por meio dos bancos ING, RBS, Sumitomo, Merrill Lynch e Bank of America para ser utilizado em até cinco anos, de acordo com Marcela Drehmer, vice-presidente de finanças e relações com investidores da  empresa. Em setembro de 2010 a companhia havia feito operação similar no valor de US$ 350 milhões com prazo de três anos. ■


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