Senadores aprovaram o texto por 74 votos a 26 no dia seguinte de sua adoção na Câmara dos Representantes
O presidente Barack Obama pediu nesta terça-feira (2/8) ao Congresso que volte sua atenção para impulsionar a economia por meio de medidas de ajuda à criação de empregos e aumento da confiança do consumidor.
"Não podemos equilibrar o orçamento sobre as costas das mesmas pessoas que foram castigadas pela recessão", afirmou Obama aos jornalistas, momentos depois que o Senado aprovou o plano de austeridade orçamentária e aumento do teto da dívida dos Estados Unidos.
"Todos têm que participar. É o mais justo. É o princípio pelo qual vou lutar durante a próxima fase desse processo", afirmou Obama em uma declaração no jardim da Casa Branca.
O Senado americano aprovou nesta terça-feira o projeto de lei sobre a elevação do teto da dívida, que deve agora ser promulgado pelo presidente Obama para evitar um default dos Estados Unidos antes da meia-noite desta terça-feira (1h00 de Brasília).
Os senadores aprovaram o texto por 74 votos a 26 no dia seguinte de sua adoção na Câmara dos Representantes. Restam apenas algumas horas para o presidente Obama promulgar o texto antes do limite final fixado pelo Tesouro para evitar um default.
O Senado precisava de pelo menos 60 votos para aprovar o texto.
O acordo obtido no domingo entre a Casa Branca e os chefes parlamentares autoriza a aumentar o máximo de endividamento americano. Os Estados Unidos já haviam atingido o até agora máximo legal de US$ 14,3 trilhões.
A medida é acompanhada de reduções orçamentárias de até US$ 2,5 trilhões em duas etapas.
"Não é o plano de redução de déficits que eu havia escrito", afirmou nesta terça-feira pouco antes da votação o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell. Os republicanos queriam mais cortes orçamentários.
Segundo agência de avaliação financeira Fitch Ratings, o compromisso orçamentário adotado pelo Congresso dos Estados Unidos está em conformidade com a manutenção de uma nota "AAA" para o país.
"Um acordo foi alcançado para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos e, em conformidade com sua nota 'AAA', o risco de um default permanece extremamente fraco", indicou a Fitch, que saudou "um passo no caminho certo".
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